Miriam Moraes da Cruz de 21 anos foi encontrada morta com 9 facadas no dia 16 de janeiro deste ano, em um igarapé na Avenida José Romão, Zona Leste de Manaus. A jovem que estava grávida de quase 4 meses, tem como principal suspeito de sua morte, o ex-namorado Roberto Marinho Brito, 25, que está foragido e que se negou a assumir a paternidade da criança.

Em conversa com o Fato Amazônico, Mara, mãe de Miriam, disse que todo dia 16 é como se vivenciasse a dor sofrida no dia em que soube da morte da filha. Neste mês de Julho, quando completa 6 meses desde a morte de Miryan, ela completaria 9 meses de gestação.

“Poxa, no caso da Miriam não foi UMA morte, foram DUAS!! Ela e o bebê que ela carregava dentro do ventre dela. Esse mês era o mês que ela ia ter o neném, ia completar os 9 meses já!!”, relata Mara, emocionada ao relembrar tudo isso.

Mara disse que o bebê se chamaria Christian Moraes. Foto: Arquivo Familiar

“Eu sofro todo dia pela decepção de não ver o rosto do meu neto. Eu sei que não nasceu pois foi interrompido, mas era uma vida que ela carregava. Eu tenho certeza que ela ia ser uma excelente mãe”, disse a Mara.

Ela relembrou casos de feminicídio no Amazonas e disse que a ajuda da população para encontrar o suspeito é de extrema importância, pois até agora não tem informações que possam lhe dar esperança para que o suspeito seja encontrado.

“Esse mês todinho de Julho tem sido horrível, porque a angústia, a frustração, o desespero, a saudade. É uma mistura de sentimentos que é muito complicado explicar. Eu preciso que ele seja pego, que ele pague tudo que ele fez.”, disse a mãe de Miryan, que pede ajuda da população na repercussão do caso.

Entenda o caso

Miriam Moraes namorava Roberto Brito, que estava separado de sua esposa. Quando ele voltou com a ex-mulher, Miriam estava grávida; ele pediu que ela abortasse a criança, mas ela só queria que ele registrasse e ela criaria sozinha, com apoio da família.

Segundo a mãe de Miriam, ela foi vista por um amigo, saindo de casa com Roberto, durante a madrugada. Horas depois foi encontrada morta. Após o crime, Roberto foi procurado pela polícia para prestar esclarecimentos e não foi encontrado.

Em coletiva de imprensa no mês da morte, o delegado adjunto da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros, Charles Araújo, afirmou que Roberto Brito foi a última pessoa a encontrar com a vítima e por isso teve prisão temporária decretada.

 “A partir desse momento, a vítima sumiu e foi encontrada morta e jogada no igarapé. As investigações apontam que a motivação seria o fato dela estar grávida. Ele não aceitava a gravidez e, por conta disso, teria cometido o crime”, disse o delegado.

Quem souber informações sobre o paradeiro suspeito, entrar em contato com a polícia pelo número 181, ou 3636-2874.

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