O Cristianismo é a religião dos cristãos, dos seguidores de Jesus Cristo, e suas raízes encontram-se no universo religioso judaico, uma vez que seu fundador – Jesus – era judeu e seguia os preceitos do judaísmo, por isso, no início, os cristãos foram considerados integrantes de uma nova seita judaica. Mas quem era Jesus? Jesus era judeu, rabino e pregava nas sinagogas. Alguns dos seus seguidores diziam que Ele era um homem comum, dotado de um tremendo poder espiritual; outros afirmam – e ainda afirmam – que Jesus era, na verdade, Deus encarnado em homem, ou seja, Cristo (Khristós) que significa “Ungido”, “o Rei prometido de Deus”, o “Salvador”.  

Jesus teve uma vida simples até os trinta anos, quando pediu para ser batizado por João Batista em sinal de vida nova. Após um período de recolhimento, meditação e jejum no deserto, onde foi tentado, iniciou sua vida pública. “Convertam-se, porque o Reino do Céu está próximo” (Mateus 3:2), – ensinava! Com isso, o número de discípulos que seguiam Jesus era crescente. Doze estavam sempre com Ele e ficaram conhecidos como apóstolos. Eram pessoas humildes que viviam da pesca, mas estavam dispostas a aprender e a ajudar no projeto de Jesus Cristo. Cristo não era o sobrenome de Jesus, e sim um título distintivo, que servia para diferenciá-lo de outros homens com o mesmo nome de sua época.  

Jesus Cristo foi visto por uns como o Messias que confirmava a Lei Mosaica, renovando o compromisso do povo judeu de cumprir os antigos mandamentos; outros o tinham como Filho de Deus que prometia o perdão e a salvação para os judeus e não judeus além da lei dos homens, independentemente dos sacrifícios no Templo de Jerusalém e de serem circuncisados. Todos, porém, reconheciam que Jesus Cristo tinha aberto um novo caminho para a salvação – a chegada do “Reino dos Céus”. Esse caminho rompia com as convenções religiosas judaicas, o que indispôs Jesus com o Sinédrio – o tribunal do Templo de Jerusalém, formado por sacerdotes, anciãos e escribas. Por conta disso, Jesus foi crucificado.  

Quanto as ideias fundamentais e crenças do Cristianismo, os cristãos acreditam em um Deus único e misericordioso, que enviou seu Filho, Jesus Cristo, para trazer a salvação a todos os homens e libertá-los do pecado. Acreditam ainda na vida eterna, na ressureição da carne, pois o próprio Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11.25). 

O livro sagrado dos cristãos é a Bíblia judaica (Antigo Testamento), acrescida dos textos do Novo Testamento: Evangelhos, Atos dos Apóstolos, Cartas e o Apocalipse que contêm a vida, os ensinamentos de Jesus, além das orientações as comunidades cristãs. Todo cristão é um evangelizador e tem a responsabilidade de iluminar todos por meio de suas palavras e ações. Por isso, como Jesus disse, todo cristão deve ser “O sal da terra e a luz do mundo para que com suas obras o Pai seja louvado” (Mateus 5:13-16). Assim, para ser um verdadeiro cristão, a pessoa deve seguir os ensinamentos de Jesus, que se encontram nas escrituras e no Novo Testamento. 

Os ensinamentos de Jesus a respeito do Reino e das transformações que Ele produz estão resumidos no sermão da montanha (Mateus 5-7), que traz normas de conduta para o verdadeiro cristão. Quanto aos ritos e festas, o Cristianismo tem sinais sensíveis, sagrados, instituídos pelo próprio Jesus Cristo, que são meios de santificação e de salvação que representam a graça, que Deus a conferem a quem tem fé e segue os ensinamentos de Jesus! Segundo o estudioso das religiões Claudio Blanc (2021), poucas figuras históricas tiveram um impacto tão significativo no curso da humanidade como Jesus Cristo. Um dos maiores filósofos de todos os tempos, Jesus lançou as bases para uma religião que não só transmitiu a herança greco-romana às gerações seguintes, mas também preservou muito da antiga civilização pagã. 

Ao mesmo tempo, Jesus propagou uma mensagem diferente, uma doutrina de paz e amor que finalmente irmanava os homens e prometida a justiça e a esperança de um reino baseado no princípio divino. Como nenhum antes Dele, ensinou a revolucionária verdade que todos os homens e mulheres são iguais perante Deus. Por fim, Jesus Cristo falou de amor de uma forma mais profunda e abrangente que os filósofos gregos – os únicos a discutir o tema até então. Não hesitou em sacrificar a vida em defesa dos ideais que semeava. E você, é cristão? Como vai a sua fé em Jesus? Está seguindo os mandamentos da Lei de Deus? 

 

Luís Lemos é filósofo, professor universitário e escritor, autor, entre outras obras, de Filhos da Quarentena: A esperança de viver novamente, Editora Viseu, 2021.  

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