Visando coibir a venda de agrotóxicos e produtos de origem animal ilegalmente no Amazonas, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) cadastrou e renovou novas revendas agropecuárias e empreendimentos de origem animal no Serviço de Inspeção Estadual (SIE).

Ao todo, 11 revendas para a comercialização de agrotóxicos foram renovadas durante este ano, e seis novas foram registradas na agência.

A venda irregular de agrotóxicos pode causar graves impactos ambientais e danos à saúde das pessoas. A meta da agência é ter pelo menos um estabelecimento regularizado em cada município amazonense.

Atualmente, o Amazonas conta com 17 estabelecimentos registrados, entre revendas, empresas prestadoras de serviços com agrotóxicos e postos ou centrais de recebimento de embalagens vazias, localizados em Manaus, Manicoré (Santo Antônio do Matupi), Manacapuru, Apuí, Boca do Acre, Tefé e Itacoatiara.

Ao todo, 587 agrotóxicos são cadastrados na Adaf para serem utilizados no Amazonas. São produtos como herbicidas, inseticidas, fungicidas e formicidas, que contribuem para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas para agricultura e pecuária, garantindo o aumento da produção e produtividade.

O responsável pela revenda Mustang Comércio e Representações Ltda, Paulo Mustang, registrada em agosto no município de Boca do Acre, distante 1.028 quilômetros de Manaus, ressalta a importância das empresas que comercializam defensivos agrícolas possuírem o controle dos órgãos fiscalizadores. Ele destaca que, se o produto for usado corretamente, não causará danos ao meio ambiente, à saúde humana e aos animais, porém o uso incorreto pode ser nocivo.

“Por isso a importância de se ter um órgão como a Adaf para fiscalizar e acompanhar o trabalho de qualquer empresa que esteja revendendo os defensivos. Temos que trabalhar dentro da legislação”, afirmou.

Serviço de Inspeção Estadual – No serviço de inspeção estadual, cinco novos empreendimentos foram registrados: uma unidade de beneficiamento especializada em produtos regionais defumados, em Manaus; uma unidade de beneficiamento de produtos cárneos, leites e derivados, em Manaus; dois abatedouros de bovídeos, sendo um em Matupi (Manicoré) e outro em Humaitá; e uma queijaria artesanal em Autazes.

Em 2020, a Adaf chegou o total de 167 de estabelecimentos com SIE ativo no Amazonas. O SIE concedido pela Adaf aplica-se aos produtos de origem animal destinados ao comércio nos limites do estado. Estabelecimentos cujo comércio se limita a um município devem ter o serviço de inspeção municipal (SIM), e podem solicitar a certificação estadual caso haja interesse no comércio para outros municípios amazonenses.

Quando a produção se destina ao comércio interestadual, é necessário ser certificado pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo, destacou a importância da regularização dos estabelecimentos de produtos de origem animal junto aos órgãos de inspeção, seja ela no âmbito municipal, estadual ou federal, e a valorização dos produtos regionais impulsionada por esse trabalho.

“Estamos valorizando os produtos regionais e assegurando a saúde pública, com a implantação do Serviço Estadual da Adaf, a qualidade higiênico-sanitária do produto que estará sendo comercializado nas redes de supermercados”, destacou Alexandre.

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