O advogado Félix Valois, que assumiu a defesa de Alejandro Valeiko, acusado de envolvimento na morte do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, adotou o mesmo discurso do prefeito Arthur Neto (PSDB) que, horas após o crime, declarou nas redes sociais: “a repercussão do caso não existiria se o Alejandro não fosse meu enteado e filho e Elisabeth Valeiko, minha esposa”.

Em outras palavras, a defesa do renomado advogado endossa o álibi construído à toque de caixa pelo arguto prefeito de Manaus.

Conforme entrevista concedida por Félix Valois ao Blog da Rosiene Carvalho, o “caso Flávio” não tem nada de complexo e que, na sua divulgação, o máximo que merecia seria a quinta página do jornal se nele, no episódio, não estivesse o enteado do prefeito.

“Não tem nada de complexo. Ele não matou ninguém. Teve a festa, muito bem. Infelizmente aconteceu o homicídio. Mas ele, meu cliente, não tem nada que ver com o homicídio”, declarou.

Quanto ao uso da estrutura da prefeitura para alterar a cena do crime, segundo a reportagem do site, Valois foi mais ardoroso na defesa de seu cliente, Alejandro. Segundo o advogado, cabe à polícia cuidar da cena do crime; e que se não agiu com zelo, é falha dela.

“Essa história de cena do crime é problema da polícia. Que não venham, agora, atribuir ao meu cliente uma falha que não é dele. Essa é uma imputação com clara conotação política”, comentou Valois. 

Valois criticou, também, a prisão de Alejandro Valeiko, decretada pelo desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos.

Segundo Valois, a prisão é desnecessária, não apenas pelas questões mentais de Alejandro, mas também, por não preencher os requisitos para o decreto de restrição de liberdade.

“Alejandro não foi condenado, não há sequer acusação contra ele, então por que prender”? indaga.

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