O Ouvidor-Geral da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Amazonas, Glen Wilde do Lago Freitas, 47 anos, esteve na manha de ontem, segunda-feira (7) na Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas, onde denunciou o delegado Maurício Ramos Viçosa Silva, do 19º Distrito Integrado de Polícia, por destratá-lo e colocá-lo para fora de uma sala do DIP onde ele compareceu para acompanhar um cliente, e afirmar que ser ouvidor da OAB era “grandes merda”.

De acordo com a denúncia, ao falar que era ouvidor da Ordem dos Advogados, o delegado disse “Grandes merda ser ouvidor da OAB! O senhor é o Lula? O senhor é a Dilma? O senhor vai assinar como ouvidor ou advogado”.

Glen Wilde, disse que ao pedir calma, o delegado demonstrando uma total falta de controle, aos gritos, o expulsou de dentro da sala com os seguintes termos “Sai da minha sala! Saia da minha sala! Vá lá para fora”.

O ouvidor foi a Corregedoria do Sistema de Segurança, acompanhado do presidente em exercício da OAB-Am, Marco Aurélio de Lima Choy, os advogados Caupolican Padilha Junior, presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem e André Fernandes, membro da Comissão dos Direitos de Prerrogativas.

Outros casos

Em Manaus, esta virando corriqueiros os problemas entre advogados e polícia, seja Civil ou Militar. Somente aqui no Fato Amazônico já foram denunciados inúmeros casos. Em dezembro do ano passado o advogado Sidney José Vieira de Souza, de 35 anos, foi preso por Policiais da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (ROCAM), quando trafegava em seu carro um Honda Civic, preto de placas JXS 4393, na Rua Rio Purus, no Vieiraalves, Zona Centro-Sul de Manaus.

Na abordagem o policial Dillaney Silva, afirmou ter encontrado dentro do veículo uma pistola Glock, calibre 380, que o advogado garantiu nunca ter visto.

O processo tramita na 7ª Vara Criminal, onde o promotor Jefferson Neves de Carvalho, expediu despacho solicitando que os autos da tumultuada prisão do advogado fosse encaminhado ao 10° Distrito Integrado de Polícia, onde o flagrante foi lavrado para que novas diligências fossem realizadas pela Polícia Civil, como ouvir a esposa do advogado a bacharel em direito, Samia Brena Furtado Monteiro Campos, e outras testemunhas da prisão, que não sejam policiais militares, mas populares que viram a ação dos PMs.

Outro caso chama a atenção que ocorreu com um membro da Ordem foi na madrugada do dia 30 de março deste ano quando a advogada Islene Marques Setubal, 38 anos, foi humilhada e agredida fisicamente por um tenente da Polícia Militar, Francisco Ferreira da Rocha, no bairro Santa Etelvina, Zona Norte de Manaus.

Islene, ao ser acionada pelo proprietário da casa de show Renato Show Clube, que foi lacrada pelos policias por volta das 3h49h da manhã, sob a alegação de que o Alvará de Funcionamento apresentado pelo dono do estabelecimento seria falso, teria sofrido violência policial durante a operação.

No dia 15 de maio, cerca de 40 advogados, acompanhados do presidente Alberto Simonetti Neto e do vive Marco Aurélio Choy, foram ao Comando Geral da Polícia Militar do Amazonas, em Petrópolis, ler um desagravo em repúdio à violência sofrida pela advogada Islene Marques.

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