Em entrevista concedida na manhã desta quinta-feira, 28, o advogado de defesa de Alejandro Valeiko, Felix Valois, voltou a afirmar que o filho da primeira-dama Elizabeth Valeiko, é inocente.

“Estou com o relatório do inquérito da polícia em mãos e o que se percebe é que a polícia constatou que Alejandro não fez absolutamente nada”, declarou Valois.

Advogado com experiência de mais de 40 anos na área criminal, Valois declarou que, tecnicamente, não tem sentido o indiciamento de Alejandro pela morte do engenheiro Flávio Rodrigues.

Segundo Valois nenhuma prova foi encontrada contra Alejandro.  

Além de Valois, a equipe de defesa de Alejandro é composta pelos advogados Yuri Dantas, Marco Aurélio Choy e Clotilde Castro.

Marco Aurélio Choy, presidente da Ordem dos Advogados do Amazonas (OAB-AM), também, endossou as declarações. Segundo ele, Alejandro não participou do crime.

“Alejandro contribuiu com a perícia todas as vezes que foi solicitado, submetendo-se a exame de corpo de delito, fornecendo material genético, entre outros. Ele não foi ouvido apenas uma vez e se colocou à disposição das autoridades para que a justiça fosse realmente feita”, completou Choy.

Os advogados de Alejandro criticaram o trabalho da polícia e o excesso na busca provas para incriminar o filho da primeira-dama como, por exemplo, encontrar vestígios de sangue em seus sapatos.

“A mesma dedicação, segundo a defesa, não se viu na hora dos exames realizados nos sapatos de Flávio”, comentou Choy.

É voz comum entre os quatro advogados de defesa que a dedicação exacerbada da polícia de encontrar uma prova que sustente que Alejandro é autoria do crime só tem uma explicação: Alejandro é filho primeira-dama, Elizabeth Valeiko, e enteado do Prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

Para eles – Félix Valois, Yuri Dantas, Marco Aurélio Choy e Clotilde Castro -, a prisão de Alexandro pode ser considerada uma perseguição política.

Fim de sigilo

Os advogados de defesa de Alejandro Valeiko pediram, na última quarta-feira(27), a quebra de sigilo do processo que está tramitando em segredo de Justiça. O objetivo é tornar as informações acessíveis ao público para evitar as “fake news” que tem se espalhado sobre o “Caso Flávio”.

O inquérito policial, elaborado pelo delegado Paulo Martins e pela delegada Marília Pimenta, foi encaminhado ao Ministério Público na terça-feira (26). Dos seis presos, apenas Mayc Vinícius Teixeira Parede (autor confesso), o sargento da PM Elizeu da Paz de Souza, Alejandro Valeiko e Vittorio Del Gatto foram indiciados. Já Elielton Magno e Edvandro Júnior, o ‘Júnior Gordo’ foram liberados. Paola Valeiko foi indiciada por obstrução da Justiça.

De acordo com um dos advogados de defesa, Yuri Dantas, o afastamento do sigilo processual “evita abusos, notícias sensacionalistas e mentiras” que estão sendo relatadas sobre o caso. Para ele, houve um vazamento seletivo de informações que afeta a percepção da sociedade sobre o que está acontecendo, sobretudo quando tem o objetivo de criminalizar uma situação.

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