Uma das primeiras perguntas que o brasileiro faz ao receber a receita médica com um remédio é perguntar se “pode beber”. O questionamento é tão comum que já virou até meme nas redes sociais.

O clínico geral Lucas Albanaz, coordenador da Clínica Médica dos Hospitais Santa Lúcia Norte e Gama, explica que, em geral, se a pessoa está doente, a indicação é evitar as bebidas alcoólicas. “Elas podem diminuir a resposta imunológica e sobrecarregar alguns órgãos com funções vitais, como o fígado e os rins”, ensina.

Alguns medicamentos, como os antibióticos, são metabolizados no fígado. Se o órgão já está sendo demandado para processar o remédio, o álcool pode dificultar o processo. Albanaz diz que há antibióticos como metronidazol, rifampicina e doxiciclina, por exemplo, que podem causar toxicidade no paciente e sintomas como náusea, vômitos, rubor e até desmaios se consumidos com bebidas alcoólicas.

Porém, em geral, o médico afirma que pequenas doses de álcool não interferem no funcionamento dos antibióticos. “Mas como a pessoa já está doente, esse hábito não é indicado”, reforça.

Outros medicamentos mais comuns, como dipirona e paracetamol, em contrapartida, podem ter efeito diminuído ou potencializado pelo uso de álcool. “É algo que precisa ser avaliado com muito cuidado”, explica. (Metrópoles)

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