A situação da Covid-19 na Alemanha está entrando em um período muito difícil, com números crescentes de pacientes em tratamento intensivo, disse o ministro da Saúde, Jens Spahn, no mesmo dia em que líderes estaduais alertaram que o país pode precisar de um novo lockdown a menos que uma ação urgente seja adotada.

Spahn disse que concordou com ministros da Saúde regionais que, no futuro, todos deveriam poder receber vacinas contra Covid-19 de reforço seis meses após a primeira injeção.

“Isto deveria se tornar a norma, não a exceção”, disse Spahn em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira.

O país já teve que realocar alguns pacientes de regiões com hospitais sobrecarregados, acrescentou Spahn, pedindo que os cidadãos alemães se vacinem e observem as medidas de distanciamento social.

“Qualquer um que pense que é jovem e invulnerável deveria conversar com funcionários de tratamento intensivo”, disse.

Mais cedo nesta sexta-feira, líderes de dois Estados disseram que um novo lockdown pode ser necessário, a menos que uma ação urgente seja adotada para reverter uma disparada de casos.

“Se demorarmos muito agora, isso terminará em um lockdown, como no ano passado”, disse Michael Kretschmer, líder da Saxônia, Estado do leste da Alemanha, à rádio Deutschlandfunk.

O premiê da Turíngia, Bodo Ramelow, disse que é uma questão de dias para a situação do coronavírus tornar os leitos de tratamento intensivo dos hospitais insuficientes.

Até quinta-feira, havia 2.503 leitos desocupados em unidades de tratamento intensivo do país, menos do que os cerca de 3.100 do início de outubro, de acordo com dados da associação de medicina intensiva e de emergência Divi.

A Alemanha relatou 37.120 casos novos de coronavírus nesta sexta-feira, o segundo dia consecutivo em que registrou o maior aumento diário desde o começo da pandemia no ano passado. (Reuters)

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