O ex-ministro dos Transportes nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, Alfredo Nascimento (PL), em entrevista ao site BNC, do jornalista Neuton Corrêa, publicada nesta quarta-feira, 18, fez uma espécie de “mea culpa” pela pouca atenção dispensada à BR-319.

Durante os governos petistas, Alfredo Nascimento passou três vezes pelo Ministério dos Transportes – duas vezes no governo Lula, como deputado e senador e uma no governo Dilma – quando deixou a pasta em meio a “estrondoso” escândalo de corrupção.

Na entrevista ao BNC, Nascimento admitiu que pecou em relação à BR-319 “porque não soube, não deu muita atenção sobre o que disseram dela”. 

“A BR-319 não foi feita até hoje e nem será feita depois”, proclamou o ex-ministro, que atribui “parte essa culpa”, digamos assim, aos empresários nacionais e ambientalistas, apontados por ele como entraves à recuperação da rodovia.

Ainda mais enfático, Alfredo Nascimento   declarou que “não tinha noção nem da encrenca tampouco do tamanho que ela, a BR-319, representa para o país e, em tom profético, afirmou: “não vai ser feita agora, não vai ser feita depois”.

Entre as justificativas esboçadas à reportagem do BNC, ele disse não saber se existe interesse em recuperá-la, além do elevado custo de sua recuperação, estimado, conforme calculou, em R$ 2 bilhões. 

Durante o período que permaneceu à frente do Ministério dos Transporte, o ex-ministro lembrou que colocou linha de ônibus de Manaus para Porto Velho, Humaitá e para Lábrea e que não deu muita atenção para isso.

Ele disse, também, que tentou de todo o jeito transformar a BR-319 “em rodovia-parque” sob a administração do Exército, e não conseguiu.

‘BR-319 não foi feita até hoje e nem será’, diz Alfredo Nascimento 

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