Lápis apontados, livros separados, caderno em cima da mesa. Neste ano, mais uma vez as carteiras deram lugar ao sofá de casa, porém, mesmo com o cenário diferente da boa e velha e sala de aula, a disposição em aprender segue a mesma para boa parte dos mais de 400 mil estudantes da rede estadual de ensino. Eles retornaram às aulas em novo ano letivo nesta quinta-feira (18/02), por meio do projeto “Aula em Casa”, criado pelo Governo do Amazonas com o objetivo de promover a acessibilidade da educação em todo o estado.

A estudante Ana Paula Batista, 17, é aluna do 3º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Senador João Bosco, localizada no bairro Cidade Nova, zona norte da capital. Iniciando o último ano escolar, a jovem conta que a experiência com o “Aula em Casa” no ano passado vem ajudando na adaptação à nova rotina de estudos que ela irá encarar durante a preparação para o vestibular de Medicina.

“Como nós começamos desde o ano passado, eu já estou mais acostumada. E, como é meu último ano do Ensino Médio, eu estou muito focada porque vai vir o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), PSC (Processo Seletivo Contínuo), SIS (Sistema de Ingresso Seriado) e outras provas muito importantes para que eu possa ingressar em uma universidade pública, o que é minha grande meta no momento” , disse a estudante.

Para a jovem, os resultados obtidos por meio do projeto, desenvolvido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc), em seu aprendizado têm sido positivos. Ela destaca ainda que a facilidade de uso da plataforma e o apoio dos professores, por meio dos grupos de mensagem, têm sido fundamentais para que ela e os colegas não se sintam prejudicados e possam dar andamento aos estudos com qualidade.

“Os professores vieram nos apoiando bastante e tentando nos botar no caminho para que a gente conseguisse se focar e manter aquelas metas bem altas. Como a gente tem grupos no Whatsapp, onde a diretora, os professores, eles ficam encaminhando, fica bem mais fácil, porque a gente sabe onde fica. As plataformas são ótimas, porque o desempenho tem sido muito bom, desde o ano passado para cá”, analisa Ana.

Pais – As mudanças na forma de ensino em decorrência da pandemia de Covid-19 também impactaram diretamente a rotina de pais e mães dos estudantes. A assistente social Narai Ribeiro é mãe de Sarah, 11, Ana Luisa, 9, e Samuel, 4, todos alunos da rede pública de ensino. Ela conta que, além de fazer o acompanhamento das aulas pessoalmente junto com o marido, ambos buscam complementar as atividades passadas pelos professores por meio de aplicativos lúdicos.

“Nós passamos aula de reforço, colocamos assuntos e buscamos na internet aplicativos de leitura, jogos de matemática, e estamos associando a esse ensino. Nós somos totalmente apoiadores do ‘Aula em Casa’ e, assim, podemos averiguar que eles avançaram um pouco mais, porque em casa podemos puxar um pouco mais o ritmo do estudo deles. Com esse acompanhamento, meu e do meu esposo, nós temos alcançado bons índices com eles”, diz.

‘Aula em Casa’ – Neste ano, o projeto “Aula em Casa” terá seis canais de televisão simultâneos, voltado para os conteúdos dos Anos Iniciais, Anos Finais, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, por fim, um terceiro com as aulas para o Ensino Médio.

Fora as transmissões pela televisão, os estudantes também poderão acompanhar aos conteúdos do “Aula em Casa” por meio de plataformas digitais, tais como Plataforma Saber+, aplicativo Aula em Casa e YouTube. Todas as informações sobre o programa, incluindo a programação das primeiras semanas, estão disponíveis no link www.educacao.am.gov.br/aula-em-casa.

Artigo anteriorPrefeito David Almeida determina celeridade na obra de drenagem emergencial na rua João Valério
Próximo artigoDeputados propõem que Daniel Silveira se afaste; ele resiste