A Escola Municipal Sônia Maria da Silva Barbosa, na rua Monte Sião, bairro Jorge Teixeira, zona Leste de Manaus, será a única escola pública da Região Norte do País a participar da etapa nacional da First Lego League, competição internacional de robótica na área da Educação. O evento acontece nos dias 21, 22 e 23 deste mês, na cidade de Taguatinga, no Distrito Federal.

Batizada como Live Corp Sônia Maria, a equipe composta por nove alunos da unidade de ensino conseguiu classificação para o torneio após ficar com a quarta colocação na etapa Norte da competição, realizada em novembro do ano passado, e que contou com 20 times.

O projeto da Sônia Maria abordou o tema deslizamento de terra, no qual apresentou soluções de prevenção a esse tipo de acidente. O que chamou a atenção dos jurados é que o projeto foi explicado em português e inglês. O idealizador e incentivador da robótica na escola, professor Osvaldo Fernandes Neto, acredita que a equipe pode surpreender na competição.

“Nossos alunos estão motivados e ansiosos para a competição. Nosso trabalho foi muito bem feito e aprimoramos algumas coisas para a etapa nacional. Penso que podemos surpreender e quem sabe nos classificarmos para a etapa mundial em Toronto, no Canadá”, disse Neto que também é diretor da escola.

Incentivo interdisciplinar

A robótica é trabalhada no contraturno das aulas curriculares e são selecionados para a equipe os melhores alunos de cada turma. Desde setembro de 2013, quando a Escola Sônia Maria foi comtemplada com os kits de robótica pelo Sesi, as aulas acontecem pelo menos três vezes por semana. Segundo o diretor Osvaldo Fernandes Neto, a robótica tem se mostrado uma excelente ferramenta pedagógica e auxiliado no desenvolvimento dos alunos em todas as disciplinas.

“Eles utilizam na prática a matemática, o raciocínio logico, mas também trabalham a coordenação motora, já que montam as programações, o robô. Então, você incentiva que eles tenham interesse em arquitetura, engenharia, mecatrônica, por meio de algo lúdico. Eles brincam e aprendem com tudo isso”, explicou.

A aluna Ana Cristina Mascarenhas, 14, do 9º ano, conheceu a robótica no ano passado. Avessa à disciplina de matemática, após cinco meses trabalhando com robótica, ela acredita que evoluiu e já não vê mais os cálculos como ‘bicho papão’.

“Eu aprendi a gostar de cálculo porque o utilizei de uma forma diferente. Como sou uma das programadoras do robô, eu preciso calcular velocidade, medir espaços e isso é muito legal. Hoje, posso dizer que minha concentração e criatividade melhoraram muito”, disse.

Para o aluno Gleyveson dos Santos, as aulas de robótica serviram para incentivar na escolha da profissão que seguirá. O contato com a programação do robô chamou a atenção e agora ela pretende prestar vestibular voltado para área de informática.

“Eu me interessei por programação, por criar robôs e por isso irei fazer faculdade de informática. Quero seguir nessa carreira porque me identifiquei muito”, comentou.

Competição

A First Lego League é dividida em quatro etapas de avaliação. Na primeira, a equipe de apresentação explica para os jurados como se deu o processo de escolha do tema e o que foi pesquisado. Em seguida, é avaliado também o comportamento dos participantes, o designer do robô e como foi feita a programação dos movimentos e, por fim, é feito o desafio. Em uma mesa, o robô precisa se movimentar e ultrapassar obstáculos.

A equipe Live Corp Sônia Maria embarca para o Distrito Federal no próximo dia 20 de fevereiro com dois professores e os alunos: Ana Cristina Mascarenhas, Hudivane Ribeiro, as irmãs Etulem e Quetulem Santana, Diane Vieira, Gleyveson dos Santos, Brenda Emily, Leilane Moares e Sulamita Ferreira

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