Na história recente do futebol feminino, o duelos entre Brasil e Austrália são marcados pelo equilíbrio e uma rivalidade crescente, entre partidas amistosas e competições oficiais. Em Jogos Olímpicos e Copas do Mundo, por exemplo, as duas seleções se enfrentam sete vezes, com cinco vitórias brasileiras e duas australianas.

A meia Andressa Alves sabe bem o que é enfrentar a equipe da Oceania. Figurinha carimbada na Seleção Principal desde 2012, a jogadora da Roma já foi eliminadas pelas rivais na Copa do Mundo de 2015 e, no ano seguinte, esteve em campo na revanche nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Desta vez, melhor para o Brasil, que nas quartas de final da competição despachou as adversárias.

No próximo sábado, o confronto ganha um novo capítulo. Na primeira vez sob o comando de Pia Sundhage, Brasil e Austrália irão se enfrentar em dois jogos preparatórios. De olho nos compromissos, Andressa apontou o que espera do reencontro entre as duas seleções.

“A expectativa é alta. Recentemente jogamos contra a Argentina, e o nível é diferente. A Austrália é muito forte e intensa fisicamente, vai ser um desafio pra gente. Precisamos jogar contra grandes seleções para cada dia melhorarmos e chegarmos bem preparadas para a Copa América e conseguir o nosso objetivo que é a vaga, e assim, poder disputar a Copa do Mundo”, destacou.

Aos 28 anos, a meia já tem um longo currículo com a Seleção Brasileira. No duelo diante do Canadá, válido pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, completou 100 jogos com a camisa do Brasil. Desde 2012 servindo a Canarinho, a paulista agora recebe uma nova geração de atletas que pedem passagem na renovação da equipe principal.

“Todo mundo fala isso ‘experiente’, mas gente eu só tenho 28 anos, viu? Eu só sou experiente porque estou aqui na Seleção há mais de dez anos. Mas a gente fica muito feliz pela renovação, todas as seleções no mundo passam por isso. A gente tem grandes atletas, a Seleção Sub-20 tem grandes atletas, as meninas que vêm jogando o Campeonato Brasileiro estão fazendo grandes jogos, então é uma geração diferente e que pode dar grandes frutos. Essa geração pode mudar a história do futebol feminino, por isso, no que a gente puder acelerar nessa renovação, que já era pra ter acontecido antes. Sem esquecer também das veteranas, porque essa mescla dá muito certo na Seleção”, exalta.

Nesta quarta-feira, a técnica Pia Sundhage comandou o primeiro treino da Seleção Feminina em Sidney. Com apenas a presença das meias Andressa Alves e Ary Borges e das goleiras Lorena e Karen, o trabalho teve o intuito de acelerar a aclimatação das atletas. De olho nos dois duelos, a treinadora já deu o tom do que espera do Brasil diante das donas da casa.

“A Pia tem pedido para que sejamos mais ofensivas e criativas, que o meio de campo seja mais dinâmico para que a gente consiga colocar mais bola para as atacantes. Assim, teremos a oportunidade de usar o um contra a um e chegar na linha de fundo. Ela tem pedido um pouco mais de velocidade e intensidade para o ataque”, finaliza Andressa Alves. 

O primeiro encontro entre Brasil e Austrália será neste sábado, às 5h50 (horário de Brasília), sendo o segundo na próxima terça-feira, às 6h05 (horário de Brasília), ambos na Commbank Stadium, em Sidney. (Gazeta Esportiva)

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