Andressa Urach vai estrear o programa Diário de Uma Ex-Garota de Programa, nesta terça-feira (12/5), em uma plataforma on-line evangélica. Ela vai entrevistar mulheres que supostamente deixaram a prostituição.

“A prostituição é como uma areia movediça. Você vai se afundando e não consegue sair, acha que não vai ser capaz de fazer outra coisa, vai se matando… Muitas garotas de programa têm depressão e pensamentos suicidas, são desprezadas pela sociedade, desacreditadas pela família e até por elas mesmas. Só quem vive dentro da prostituição consegue entender o fundo do poço que a gente chega. Mutilamos a própria alma”, contou Andressa em entrevista à revista Quem.

Urach deixou a carreira de garota de programa após quase morrer por uma infecção nas coxas e no bumbum. Ela aplicou hidrogel em 2014, e o resultado não foi dos melhores.

A ex-modelo, que agora é evangélica, afirma que a prostituição é mais comum no meio artístico: “Infelizmente, a prostituição, direta ou indireta, é muito comum entre musas de carnaval, modelos e celebridades. Muitas se vendem por bolsas, sapatos, vida boa… Mantêm relacionamento por interesse, não só pelo dinheiro. Eu vivi isso e posso afirmar com propriedade que a rede social do mundo das celebridades é uma grande mentira. Elas vivem uma felicidade ilusória. Ainda mais com o dinheiro sujo que vem com a prostituição”.

Dinheiro

Sobre o dinheiro que ganhou se prostituindo, Andressa garantiu à Quem que não tem mais nenhuma herança do passado. Ela diz ter saído com milhares de homens, incluindo criminosos.

“Doei tudo. Não tenho absolutamente nada que veio do dinheiro da prostituição. Esse peso de levar o dinheiro sujo nas minhas costas não tenho mais. Hoje vivo do dinheiro da venda dos meus livros e do meu trabalho atual”, alega, se recusando a dizer para quem foi o dinheiro. “Quando fazemos doação não devemos divulgar para quem. Deus sabe é só isso importa”, revelou.

Ela contou ainda que se afundou em drogas e bebida para “suportar muitos clientes”. “Na época, pelo dinheiro, me submeti ao sadomasoquismo. Nem gosto de lembrar de tudo de nojento que tive que me submeter com pessoas estranhas, criminosos… Perdi o amor por mim mesma, o valor próprio. Hoje faz cinco anos que sobrevivi à infecção generalizada. Sei que ainda vou sofrer muitos preconceitos, mas agradeço a Deus pela nova oportunidade que ele me deu. Se eu puder ajudar uma única pessoa a mudar de vida, toda essa exposição vergonhosa do meu passado vai valer a pena”, finalizou. (Metrópoles)

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