Conflitos de interesses, egos abalados por excesso de vaidade e, sobretudo, as rusgas – para não falar em peleja pela hegemonia e controle da política no Amazonas – existenciais Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB) transformaram a CPI da Covid num barril de pólvoras.

O senador Eduardo Braga, que se deliciava sorridente com a possibilidade de ver o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), sentado à cadeira dos convocados, foi o primeiro a abandonar o barco controlado pelo G7 ao perceber os seus devaneios diluírem-se em brancas nuvens.

Eduardo Braga é considerado adversário político de Wilson Lima, ao contrário do senador Omar Aziz que convive mais próxima do governador.

A convocação frustrada de Wilson Lima para depor à CPI da Covid não foi a arenga que acirram os ânimos dos dois políticos amazonenses.

A quebra de sigilo da família do deputado Fausto Junior, filho da ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheira Yara Lins, não só fragilizou  comissão mas, também, afastou ainda mais Eduardo Braga do G7.

De acordo com a Folha de São Paul, edição desta terça-feira, 27, a possível saída do senador da ala majoritária provocou preocupação em parlamentares, principalmente no relator, Renan Calheiros (MDB-AL).

Ainda de acordo com a Folha, Eduardo Braga passou a ser visto com desconfiança por colegas por não participar com frequência das reuniões semanais do G7 e se manifestar com menos frequência nas sessões da CPI.

A avaliação de parte do grupo, diz a Folha, é que Braga estaria se alinhando ao Planalto. Omar Aziz, entretanto, diz que Eduardo Braga continua como membro do G7.

“O Eduardo, nas coisas fundamentais, sempre votou conosco, os sete, e não é interessante excluí-lo. É preciso ciscar pra dentro. Nós queremos ser G8 e não G6”, afirmou o senador à Folha.

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