O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se prontificou, na manhã desta quarta-feira (23/11), a ligar para os ministros Rogério Marinho e Tarcísio Freitas a fim de esclarecer questionamentos feitos por apoiadores que o esperavam na saída do Palácio da Alvorada. Marinho e Freitas estão à frente das pastas do Desenvolvimento Regional e Infraestrutura, respectivamente.

“Dá para dar uma olhada nisso daí?”, questionou Bolsonaro a Marinho, sobre 4 mil casas do Minha Casa Minha Vida que estariam prontas para serem entregues em São Luís, no Maranhão. O ministro, por sua vez, respondeu que a obra se encontrava parada por causa de um problema na posse do terreno.

Com o chefe da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, Bolsonaro tratou da obra na Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico). Tarcísio respondeu que a pedra fundamental da obra foi lançada e, no ano que vem, a obra começaria a tomar corpo. O ministro também estimou, ao telefone com Bolsonaro, que a previsão de conclusão seria de quatro anos.

O momento foi gravado e divulgado por um canal simpatizante do governo.

Ministro da Justiça

Bolsonaro vem adotando a prática de ligar para os ministros, na frente de apoiadores, para que eles respondam pelas demandas cobradas pelos cidadãos.

No começo do mês, foi a vez de o ministro da Justiça, Anderson Torres, receber o telefonema do chefe do Executivo, para tratar de uma mudança no concurso da Polícia Federal (PF).

Os apoiadores explicaram terem sido aprovados no certame, mas cortados na primeira fase, por causa do Decreto nº 9.739/2019 e em decorrência da posição que passaram. Os jovens, então, requereram a Bolsonaro que o corte fosse transferido apenas para a fase de homologação, no fim do processo avaliativo.

Prontamente, o presidente tirou o celular do bolso e ligou, ainda na presença dos apoiadores, para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. “Anderson, sabe o Decreto nº 9.739, de concurso da PF? Um pessoal extra que quer entrar. Existe a chance de mexer no decreto?”, perguntou.

Torres, por sua vez, em alto-falante, respondeu aos estudantes que, à exceção do número de vagas, o processo não poderia ser alterado. “Na verdade, presidente, estamos pensando em pedir uma autorização à Economia para chamar até 100% do número de vagas. O que está muito difícil de superar é 100% das vagas. Isso aí tá muito difícil superar”, disse o chefe da pasta. Com informações de Metrópoles.

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