O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, está incomodado com a polêmica provocada pelo seu apoio à reeleição do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, pontuada por uma série de processos.

“Não misturo as questões que fazem parte das minhas responsabilidades políticas com coisas que nada têm a ver com isso”, declarou nesta segunda-feira o chefe do governo socialista, questionado pela imprensa durante visita a uma escola.

No sábado, o jornal Expresso revelou que Costa concordou em figurar na lista das cerca de 500 personalidades que apoiam a candidatura de Vieira à reeleição à presidência do Benfica.

O gabinete de Costa confirmou ao jornal que fazia parte dessa “comissão de honra”, especificando, no entanto, que não o fazia como “primeiro-ministro ou secretário-geral do Partido Socialista, mas sim como torcedor e sócio do Benfica desde 1988”.

Presidente do Benfica desde 2003, Luís Filipe Vieira foi indiciado num processo em que se suspeita ter prometido benefícios a um juiz do Tribunal da Relação de Lisboa em troca de informações relacionadas com as investigações ao clube.

O empresário de 71 anos e a empresa que gere o Benfica foram também indiciados por fraude fiscal em outro processo aberto pela justiça portuguesa.

O apoio de Costa a Vieira tem sido criticado tanto pela direita quanto pela esquerda.

“Esta mistura entre política e futebol sempre me pareceu má”, reagiu Rui Rio, o chefe da principal formação da oposição, o Partido Social Democrata (PSD, centro-direita).

“A cumplicidade entre política e negócios não pode ser aceita neste país”, comentou, por sua vez, a líder do Bloco de Esquerda (extrema-esquerda), Catarina Martins. (Gazeta Esportiva)

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