O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar, nesta segunda-feira (2/8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro e Barroso têm divergido em torno do voto impresso, ao qual o ministro é frontalmente contrário. Com informações de Metrópoles.

No domingo (1º/8), Bolsonaro participou por videoconferência de manifestações em defesa do voto impresso e voltou a falar de ameaça de fraude nas eleições de 2022.

Na manhã desta segunda, ao deixar o Palácio da Alvorada, o mandatário da República afirmou que Barroso “se acha o máximo”, mas sua atuação tem limites.

“Entre outras coisas, ele [Barroso] defende o aborto, a liberação de drogas, ele defende um montão de coisa que não presta. Ele se acha o máximo. Agora, ele tem os limites dele, eu tenho os meus e ele tem os deles. E ele tá abusando não é de hoje”, disse a apoiadores.

“Quem quer eleição suja e não democrática é o ministro Barroso. Esse cara se intitula como se não pudesse ser criticado. Ele foi para dentro do Parlamento fazer lobby”, disparou Bolsonaro. Nas últimas semanas, o ministro Barroso se reuniu com deputados e senadores de várias siglas a fim de tratar da defesa da urna eletrônica.

Como resultado, 11 siglas se colocaram contra o voto impresso, e a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso acabou adiada, por falta de votos favoráveis.

Como resultado, 11 siglas se colocaram contra o voto impresso, e a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso acabou adiada, por falta de votos favoráveis.

“O que ele ofereceu para o Parlamento? No dia seguinte, vários líderes trocaram integrantes da comissão. O que ele ofereceu? O que que esse homem tem de atraente?”, questionou o titular do Planalto.

“Armas da democracia”

O chefe do Executivo nacional ainda afirmou que querem “impor uma ditadura no Brasil usando as armas da democracia”. E disse que os mesmos ministros que tornaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elegível serão os que irão contar os votos.

Em novembro 2019, o Supremo formou maioria em favor de que o réu só seja preso após o trânsito em julgado – ou seja, quando esgotados todos os recursos. Com a alteração da interpretação que permitia a prisão de réus após condenação em 2ª instância, Lula foi solto. Barroso votou a favor da prisão após condenação em segunda instância, mas foi um dos votos vencidos.

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