O ex-governador José Melo , após três anos recolhido ao silêncio, reaparece nas redes sociais não só para homenagear o professor pelo seu Dia, comemorado nesta sexta-feira, 15 mas, sobretudo, para dizer com fina sutileza, que por maior que seja o tombo e as fraturas, é possível levantar.

Professor por convicção e formação, José Melo perdeu, por decisão da justiça, o mandato de governador que lhe fora concedido pelo povo nas eleições de 2014, eleito com 869.992 votos, que correspondem a 55,54% do total divulgado pelo TSE.

Mais que isso: José Melo foi execrado publicamente, preso como qualquer bandido, acusado de participar de um esquema de compra de votos, que não contou com a unanimidade dos julgadores nas diferentes instâncias.

Compra de voto é crime? A resposta é sim.

José Melo pagou pelo crime cometido, como devia. Não pagou, entretanto, pelos votos comprados em outras eleições, para eleger aliados “manjados” desde a redemocratização do estado brasileiro, como fizerem e fazem todos, sem exceção – de norte a sul do Brasil -, como FHC para garantir apoio à implantação da reeleição.

Ainda um tanto trôpego e abatido pela dor da lamentável experiência vivida, José Melo reaparece com ar de quem deu a volta por cima, com a serenidade de quem aprendeu com o próprio erro e que está pronto para novos embates.

Eleição se vence com proposta, convencimento dialético, compromisso, lealdade, respeito ao eleitor e às instituições federativas.

Não se vence eleição com o uso sistemático de aparato físico e pessoal do estado para captação de votos.

Pra frente é que se anda!

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