A assessoria do ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, em nota divulgada nesta sexta-feira, 18, declarou repúdio às declarações do presidente do grupo Samel, Beto Nicolau, durante entrevista a um portal local na última quarta-feira, 16.

De acordo com a assessoria, as acusações sobre desvios de recursos públicos no período de funcionamento do Hospital de Campanha Municipal (HCM), de abril a junho de 2020, são levianas e terão de ser provadas na justiça.

O HCM esteve em funcionamento por 71 dias e cumpriu sua missão de salvar vidas, sendo responsável pela recuperação de 611 pacientes, o que representou 81% de êxito no tratamento feito no espaço.

Leia nota da assessoria na íntegra

A assessoria do ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, torna público o seu repúdio às declarações levianas dadas pelo presidente do grupo Samel, Beto Nicolau, durante entrevista a um portal local na última quarta-feira (16.6), em busca de palanque para defender interesses próprios. Diante das falsas acusações apresentadas sobre desvios de recursos públicos no período de funcionamento do Hospital de Campanha Municipal (HCM), de abril a junho de 2020, a assessoria informa que os advogados do ex-prefeito foram acionados para tomar as medidas judiciais cabíveis.

O HCM esteve em funcionamento por 71 dias e cumpriu sua missão de salvar vidas, sendo responsável pela recuperação de 611 pacientes, o que representou 81% de êxito no tratamento feito no espaço. A administração da unidade hospitalar – criada para atender pacientes com Covid-19, após colapso na rede estadual de saúde em Manaus – era feita de maneira compartilhada, com participação direta do próprio representante do grupo Samel, o deputado Ricardo Nicolau. Tudo foi feito com a maior transparência possível, com a fiscalização direta dos órgãos de controle, o que colocou Manaus como referência nesse quesito junto a entidades internacionais.

Após pouco mais de dois meses, o hospital de campanha do município precisou ser fechado justamente pelo fim da parceria público-privada e porque não foi habilitado para receber recursos do SUS, somente a unidade do governo estadual obteve ajuda federal. Suas atividades foram mantidas até a alta do último paciente, que além da população da capital também recebia pessoas oriundas do interior do Estado, como dos municípios de Itacoatiara, Manacapuru, Parintins, Nova Olinda do Norte e Iranduba. Vale destacar que o HCM destinou alas exclusivas para pacientes indígenas. Ao todo, 29 de diferentes etnias receberam tratamento no hospital e saíram curados.

Quanto aos equipamentos utilizados no local para o atendimento da população, grande parte foi fruto de doação da iniciativa privada e, ao fim das atividades do hospital, foram reavidos por funcionários do próprio grupo Samel, sob o acompanhamento de funcionários públicos da área da Saúde Municipal. O local onde funcionou o HCM, ressalte-se, estava pronto para ser entregue como Centro Integrado Municipal de Educação (Cime) e foi adaptado para ajudar a salvar vidas no pico da primeira onda da pandemia de Covid-19 em Manaus.

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