Raimunda Rabelo e Cristina Nascimento, respectivamente, presidente e vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Apuí acompanharam todas as participações e discussões da reunião de diretoria da última quarta-feira, 21. Isso foi possível porque a ACA segue com encontros semanais sendo desenvolvidos por aplicativo de mensagens, via internet. O Presidente Jorge Lima abriu espaço para que as mesmas pudessem se manifestar e assim, a noite se tornou uma grande chance de conhecer mais sobre o município do sul do Amazonas.

“Agradecemos a oportunidade, a Associação foi fundada em 1997 e já teve três gestões, nós estamos com a nova administração desde março e a gente já começou na pandemia. Ela está com 67 associados e o comércio local é mais voltado para pecuária. Apuí é o município do Amazonas com maior número de bovinos, abastece Manaus e demais municípios”, disse Cristina dando ainda mais informações:

“São 22 mil habitantes, fica mais próximo de Porto-Velho (RO) do que de Manaus e o município [do Amazonas] próximo é Humaitá.  De Apuí você só sai de avião ou de estrada, são 400 quilômetros no barro até Humaitá. Hoje a gente sofre muito na estrada”, explicou ainda a vice-presidente destacando que o contato com a Associação Comercial do Amazonas se faz necessário pela troca de experiências e para ajudar com conhecimento na gestão. “A gente fica muito feliz em poder contribuir e que vocês contribuam com a gente pois estamos precisando”.

O Presidente Jorge Lima e demais diretores manifestaram satisfação em ter esse diálogo e contar com a participação de representantes do interior do Estado e ficou decidido que, como a Entidade de Apuí integra a ACA, as mesmas passarão a integrar a lista de convidados semanais da reunião.  Nesta mesma noite elas e os demais diretores da Casa também ouviram as propostas de um candidato a vereador e sobre recuperação judicial.

O advogado Emerson Assis foi o primeiro a se manifestar. Ele é candidato ao cargo a uma vaga na Câmara Municipal de Manaus e apresentou algumas propostas como a criação de um centro tecnológico municipal e a agência para os super endividados de Manaus onde seriam oferecidas oportunidades de negociação de dívidas. Assis atuou no Tribunal de Contas do Estado e é empresário por herança de família. “Eu me sinto muito a vontade e me sinto cobrado para, se eu chegar, eu cobrar e exigir alguma coisa para nossa classe porque enfrentamos hoje muitos problemas que inviabilizam o empresariado”, argumentou.

O escritório amazonense Chíxaro Luz Advocacia trouxe o tema da recuperação judicial aos presentes. Três advogados apresentaram a palestra embasada na lei que já existe desde 2005 e que pode ser uma alternativa aos empresários, principalmente nesse momento de pandemia.

“O foco é no mercado de vocês, no plano de recuperação da empresa como os acordos foram tratados, um controle do endividamento, eu sou advogado de gestão de crise de empresa”, explicou Fábio Forte que atua no Paraná e em São Paulo e que se aliou ao escritório amazonense para ampliar o mercado.

“Nós vimos a necessidade de trazer a recuperação judicial e de se aliar a um escritório nacional tendo em vista justamente esse tempo que estamos vivendo. O que é importante para gente é mostrar que a recuperação judicial é uma ferramenta, colocar para a sociedade chamá-los ao debate e dizer que é viável e possível”, explicou a advogada Carla Luz.

O advogado Lino Chíxaro falou também sobre a proposta do escritório de investir nesse ramo e desenvolver projetos na área do direito econômico e empresarial e o intuito de participar do encontro com os comerciantes: “ O que nós pretendemos não é vender serviços, mas compartilhar conhecimento. A nossa atividade intelectual na área  jurídica pode interagir com atividade intelectual de vocês, é a primeira vez que interagimos com a ACA”, comentou agradecendo a oportunidade.

O Presidente Jorge Lima deixou o espaço aberto para todos os convidados da noite. A ideia de fazer um encontro específico para tratar desse assunto é importante já que o tema  é bastante amplo.

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