A Associação Amazonense do Ministério Público divulgou nota pública nesta segunda (26) para manifestar repúdio ao ex-prefeito de Manaus e ex-senador Arthur Virgílio Neto (PSDB).
A nota da AMMP é assinada pelo presidente, Alessandro Samartin de Gouveia, chamando de “ataque” do ex-prefeito de Manaus ao MP. De acordo com a associação Arthur Neto tenta intimidar a promotora Cley Barbosa Martins, que moveu uma ação contra ele por concessão de gratificação de até 500% a servidores.
“A Dra. Cley Barbosa Martins, Promotora de Justiça, construiu sua carreira e seu nome na instituição sob os pilares da coragem, da competência, da dedicação à causa pública e do compromisso com os princípios basilares da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da eficiência e da probidade, de sorte que o ataque em questão revela uma tentativa inútil de intimidação, a qual se repudia firmemente”, afirmou a AMMP.
Arthur também distribuiu nota
Depois de tomar conhecimento da manifestação da Associação do MP, Arthur Neto também distribuiu nota à imprensa negando ter assinado qualquer concessão indevida.
Ainda na nota, o ex-prefeito disse ter ficado surpreso com a nota da Associação. Garantiu ter sido um dos parlamentares que mais lutou pela manutenção e ampliação das prerrogativas dos Ministérios Públicos.
“Em nenhum momento, durante o incidente que não provoquei, desrespeitei a instituição e nem a promotora que me acusou de improbidade pela gratificação de 500% a cinco servidores da Casa Civil do município. O problema é que não concedi tal gratificação a nenhum servidor.”, afirmou na nota o ex-prefeito.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Fiquei surpreso com a nota da Associação Amazonense do Ministério Público (AAMP). Fui um dos parlamentares que mais lutou pela manutenção e ampliação das prerrogativas dos Ministérios Públicos. Já em 2014, como prefeito de Manaus, aceitei participar de reunião para organizar a defesa parlamentar dessas prerrogativas. E cumpri à risca a solicitação que muito me honrou.
Em nenhum momento, durante o incidente que não provoquei, desrespeitei a instituição e nem a promotora que me acusou de improbidade pela gratificação de 500% a cinco servidores da Casa Civil do município. O problema é que não concedi tal gratificação a nenhum servidor.
Quem concedeu, a meu ver, cometeu um gesto de má governança e não propriamente de improbidade. No meu caso, não houve nem má governança e muito menos improbidade. Pela simples razão de que não assinei nenhum ato nesse sentido.
Respeito a ilustre promotora e respeito a instituição à qual ela serve. Registro apenas que ela se equivocou e sei que sobra bom senso e espírito democrático para ela compreender que seria até anormal eu ser injustamente acusado e não oferecer nenhuma resposta à sociedade. A promotora, como eu, é um ser humano. Nem mais e nem menos do que isso. Não sou infalível, ela também não é. Não sou incriticável, ela também não.
Sirvo à democracia e não à censura.
Arthur Virgílio Neto
Presidente do PSDB Amazonas