A delegação do Atlético Goianiense, que esteve na quinta-feira (6/5) em Assunção, no Paraguai, para participar de jogo pela Copa Sul-Americana, foi vacinada contra a Covid-19 na sede da Conmebol.

A partida terminou com vitória dos brasileiros por 2 x 1 sobre o Libertad (PAR), o que valeu ao time goiano 7 pontos e a liderança no grupo F, à frente do próprio Libertad (6), Newell’s Old Boys – ARG (4) e Palestino – CHI (0).

O clube é o primeiro time brasileiro a iniciar a imunização e aceitar as doses oferecidas pela Conmebol. Ao todo, 44 integrantes, entre jogadores, direção e equipe técnica, receberam a primeira dose da vacina CoronaVac, a mesma desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Fotos e vídeos foram publicados nas redes sociais, mostrando o momento em que os jogadores foram vacinados. O presidente do clube, Adson Batista, postou um vídeo no Twitter e agradeceu pela oferta das vacinas.

Críticas

A Conmebol recebeu 50 mil doses da CoronaVac, após acordo com o laboratório Sinovac, anunciado em abril. Alguns clubes brasileiros, como Corinthians, Santos e Fluminense, recusaram a oferta da vacinação, pois acreditam que seria uma espécie de “fura fila”, diante da situação do Brasil.

Assim que as fotos e os vídeos da vacinação dos jogadores e dirigentes do Atlético Goianiense surgiram na internet, muitas críticas também foram feitas. Seguidores do clube questionaram a atitude e a prioridade dada aos atletas, já que no Brasil a imunização da população avança lentamente.

Nesta sexta-feira (7/5), ao chegar no aeroporto de Goiânia, Adson Batista rebateu as críticas, dizendo que “quem falar em fura fila é sensacionalista”.

Convite

O convite feito ao Atlético por representantes da Conmebol ocorreu na noite de quinta-feira, no hotel, em Assunção. Outros clubes também receberam o mesmo convite, durante viagem internacional.

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, chegou a dizer em entrevistas que o clube não aceitaria a vacinação oferecida pela Conmebol, pois seria “antipático com o mundo”.

Adson Batista alegou que não estava furando fila, pois os jogares e a equipe técnica do Atlético foram vacinados fora do Brasil e sem nenhum custo para o governo brasileiro. Ele disse, ainda, pensar diferente de quem rejeitou a oportunidade.

Os clubes River Plate e Lanús, ambos da Argentina, também recusaram a vacinação oferecida pela Conmebol e informaram que vão aguardar a oportunidade no próprio país.

O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, postou no Twitter sobre a vacinação dos integrantes do Atlético. Outros clubes que estiveram no Paraguai nessa quinta-feira, como os colombianos Independiente Santa Fé e Atlético Nacional, também tiveram integrantes vacinados.

Segunda dose

Ainda não se sabe quando e como os integrantes do Atlético Goianiense vão receber a segunda dose da Coronavac para concluir a imunização contra a Covid-19. A informação inicial era de que cada clube participante da Copa Sul-Americana teria direito a 70 doses da vacina.

A direção do clube vai aguardar o período de 28 dias, que é o recomendado entre a primeira e a segunda dose, para verificar como será feita a segunda etapa da vacinação. Provavelmente, durante viagem internacional, já que as doses não poderiam ser aplicadas em solo brasileiro.

(Metrópoles)

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