Com a atividade econômica pressionada pela pandemia de covid-19, o Banco Central prepara um sistema com potencial de liberar R$ 8 bilhões na economia. O BC informou nesta terça-feira, 1.º, que, em dezembro, deve entrar em operação o Sistema de Informações de Valores a Receber (SVR), que permitirá às pessoas em geral e às empresas consultar saldos eventualmente “esquecidos” em instituições financeiras.

De acordo com o BC, os clientes de instituições financeiras poderão verificar, por meio do sistema, se há saldos disponíveis ligados a contas encerradas, parcelas de empréstimos e tarifas cobradas indevidamente, recursos não procurados após o encerramento de consórcios e cotas de capital de cooperativas de crédito, entre outros.

Nesses casos, conforme a autarquia, é comum que as pessoas não saibam ou não se lembrem da existência dos saldos. Como muitas vezes os valores a receber são baixos, também é usual que os clientes muitas vezes nem procurem as instituições para se informar sobre os valores. Considerando todos esses casos, o valor global de recursos “esquecidos”, conforme o BC, totalizam cerca de R$ 8 bilhões.

“O objetivo do Valores a Receber é justamente facilitar essa comunicação entre instituições e clientes”, informou o BC, por meio de nota. “Com o novo sistema, a partir das informações remetidas periodicamente pelas instituições financeiras ao Banco Central, as pessoas naturais e pessoas jurídicas poderão consultar a existência de eventual valor a receber.”

A expectativa do BC é de que o novo sistema esteja em funcionamento até o fim de 2021. Em sessão realizada em 25 de maio, a Diretoria Colegiada do BC deu o primeiro passo para a criação do SVR, ao estabelecer as regras para envio de informações, por parte das instituições financeiras, à autarquia a partir de outubro. A Resolução BCB nº 98, que trata do assunto, pode ser consultada em aqui.

O Banco Central informou por meio da assessoria de imprensa que o projeto do SVR começou a ser desenvolvido em junho de 2020. A data corresponde ao momento em que, durante a primeira onda da pandemia, o governo federal e o próprio BC vinham implementando uma série de programas para sustentar a atividade econômica e o emprego. (Estadão)

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