A Polícia Civil de Minas Gerais informou que o feto encontrado dentro de uma geladeira no bairro Flávio Marques, em Belo Horizonte (MG), na noite de terça-feira (30/11), tinha nascido vivo. A mãe, de 30 anos, foi presa, na quarta-feira (1º/12), em flagrante, pelo crime de ocultação de cadáver.

O delegado Alexandre Fonseca relatou, em coletiva on-line realizada nesta quinta-feira (2/12), que a mãe é baiana e não será identificada. Ela prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP), no bairro São Cristóvão, na capital mineira.

Segundo Fonseca, a mulher foi entrevistada três vezes pelo investigador. Nas duas primeiras versões, contou histórias “que não eram críveis”. Ela revelou apenas na terceira vez que já tem dois filhos e não desejava a gravidez, optando por abortar.

A mãe do feto narrou que comprou medicamentos abortivos e foi para um hotel para fazer uso dos remédios. De acordo com a mulher, ela teria desmaiado e, quando acordou, a bebê, do sexo feminino, já teria nascido, mas estaria morta.

Ela, então, teria pegado uma cinta, que usava para esconder a gravidez, e envolveu o feto. Depois disso, colocou o corpo dentro de dois sacos plásticos pretos e levou para a residência da dona de casa, que localizou o corpo um ano depois.

De acordo com a perícia realizada, a bebê seria uma recém-nascida, com 2,5 kg e 45 cm de comprimento. Ela teria nascido entre a 35ª e a 37ª semana de gestação.

Além disso, era um bebê a termo, o que significa ser uma criança “viável”, que podia nascer a qualquer momento. O pulmão da recém-nascida também já estava formado.

A perícia ainda revelou que o medicamento abortivo “não teria sido suficiente para matar a bebê. Mas também não houve sinais de violência externa nem indicação de morte intrauterina”.

A grande preocupação da mãe da bebê era que seus dados fossem revelados e que o grupo do tráfico da localidade em que ela mora descobrisse o ocorrido e decidisse matá-la. Ela, entretanto, não tem envolvimento com o tráfico.

O delegado Alexandre afirmou que o caso “é um crime repugnante a todos nós. É inaceitável, macabro”. De acordo com ele, muitos policiais que participaram da investigação relataram que não conseguiram dormir durante a apuração.

A polícia também relatou que foi constatado o não envolvimento da dona de casa, que guardou o saco durante um ano, no crime. A perícia confirmou que não era possível ver ou saber o que estava dentro do saco pela maneira como o corpo foi embrulhado. Com informações de Metrópoles.

#Aborto #Crueldade #BebêNaGeladeira #MãeÉPresa #OcultaçãoDeCadáver #BH #MinasGerais

Artigo anterior“Eu desmaiei. Caí e fui muito pisoteado”, diz DJ da Boate Kiss
Próximo artigoNadine, mãe de Neymar, e Tiago Ramos são flagrados em BH