Rio de Janeiro – A Polícia Civil do Rio de Janeiro não descarta chamar o cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, para prestar novo depoimento na Delegacia de Combate às Drogas (DCOD).

Os investigadores querem explicações sobre o fato de o artista ter comprovado apenas parte do pagamento que teria recebido pelo evento em escola pública, sem autorização do governo, no último dia 13, na favela Parque União, no Complexo da Maré, zona norte do Rio, em meio à pandemia de Covid-19.

Segundo a investigação, ele apresentou documentos que comprovam o recebimento de apenas R$ 45 mil dos R$ 65 mil emitidos na nota fiscal. Belo chegou a ser preso, mas ganhou o direito de responder sobre as acusações em liberdade. Em entrevista exclusiva, o cantor disse que foi injustiçado.

Sobre a prestação de contas do pagamento pelo show, a assessoria do artista enviou uma nota:

“A defesa do cantor Belo reitera que comprovou à Polícia Civil do Rio de Janeiro o recebimento de R$ 65 mil referentes ao pagamento do show em que ele se apresentou no Complexo de Favelas da Maré, durante o Carnaval. Além da nota fiscal referente à prestação do serviço, foram disponibilizados seis comprovantes de transações bancárias recebidas pela empresa de Belo, a Belo S. Music, entre 6 de janeiro e 4 de fevereiro deste ano. Os valores foram pagos pelos contratantes. Essa documentação está em posse da corporação e da defesa do artista, que nega irregularidades no processo de quitação do contrato firmado para o show e repudia tentativas errôneas de desqualificar as provas que fizeram com que a prisão de Belo fosse revogada na sexta-feira passada, dia 19.”

De acordo com a polícia, foram entregues cinco comprovações bancárias nos valores de: duas de R$ 5 mil, duas de R$ 10 mil e outra, de R$ 15 mil, totalizando R$ 45 mil pagos pela realização do show. Os mesmos comprovantes também foram apresentados à Justiça.

“Alvarenga é marombeiro, mas não gosta de ostentação, anda de chinelo. Ele atua como um gestor na comunidade e nada escapa dele. O grupo dele explora os serviços da região, como os milicianos: há taxa para tudo, cada comércio paga R$ 300”, explicou o delegado-titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos da Polícia Civil (Desarme), Marcus Amim. Com informações de Metrópoles.

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