Em entrevista à revista Veja, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que não vai “melar” a eleição e garantiu o pleito em 2022. “Olha só: vai ter eleição, não vou melar, fique tranquilo, vai ter eleição”, afirmou o presidente. Ele havia sido questionado sobre a derrota do voto impresso imposta pela Câmara dos Deputados e voltou a defender o sistema.

“Por que os bancos investem dezenas de milhões para cada vez mais evitar que hackers entrem e façam um estrago em seu banco? A tecnologia muda. O que estou pedindo? Transparência. Muita gente diz: “Eu não vou votar porque o meu voto não vai ser contado para quem eu votei”. Uma vez conversei com o ministro Luiz Fux, presidente do STF, sobre esse assunto. Ele ia implementar 5% do voto impresso no Brasil. 5% do voto impresso, ao lado da urna eletrônica. E depois o Supremo pulou para trás e disse que é inconstitucional, não sei por quê. Se o Lula está tão bem, como diz o Datafolha, por que não garantir a eleição dele com o voto impresso?”, questionou.

Em pronunciamento no último dia 8 de setembro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o assunto do voto impresso está superado e disse que a página foi virada.

“Não posso admitir questionamentos sobre decisões tomadas e superadas como a do voto impresso. Uma vez definida, vira-se a página, assim como também vou seguir defendendo o direito dos parlamentares à livre expressão e à nossa prerrogativa de puni-los internamente, se a Casa com a sua soberania e independência entender que cruzaram a linha”, disse Lira.

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