O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou partes do Projeto de Lei que dava poder aos síndicos de condomínios para proibir festas e reuniões, a fim de evitar aglomerações como medida de prevenção ao novo coronavírus. O ato foi derrubado nesta quinta-feira (11/06) e divulgado pelo Twitter.

O PL 1179/2020 também proibia reuniões de condomínio presenciais, exigindo os encontros remotos. O documento suspendia a aquisição de imóveis até 30 de outubro e dava garantia ao locatário financeiramente afetado pelo coronavírus a possibilidade de suspender aluguéis dos meses de março a outubro.

Bolsonaro tem se mostrado contrário ao isolamento social horizontal, além de ter desrespeitado recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), como o uso da máscara de proteção. Desde a chegada da pandemia no Brasil, o presidente participou de eventos com aglomerações, como as manifestações pró-governo, e o cumprimento a admiradores na portaria do Palácio da Alvorada e em agenda externa.

Nos últimos três meses, o Ministério da Saúde já passou por duas trocas de comando por discordâncias dos ministros em relação às opiniões de Bolsonaro sobre o combate à Covid-19. O ex-ministro Luiz Mandetta ignorou pedidos do mandatário e fez campanha pela manutenção da quarentena mais ampla no Brasil. Da mesma forma, o ex-ministro Nelson Teich não cedeu sobre o uso da cloroquina para o tratamento dos infectados e ficou menos de um mês no comando da saúde.

A apoiadores, Bolsonaro tem apoiado o atual interino da pasta, general Eduardo Pazuello, por concordar com as mesmas ideias do Planalto. (Metrópoles)
Artigo anteriorPoliciais militares da Força Tática detêm homem por tráfico de entorpecentes na zona sul
Próximo artigoBoletim Epidemiológico de Covid-19 aponta 1.140 novos casos diagnosticados no Amazonas