O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), prometeu à bancada evangélica que vai indicar um ministro religioso para o Supremo Tribunal Federal durante sessão na Câmara dos Deputados, organizada pela Igreja Universal nesta quarta-feira (10/07/2019).

“Aqui está meu compromisso com vocês. Tenho que indicar dois ministros ao STF, um deles será terrivelmente evangélico”, disse, seguido de aplausos.

Durante discurso, o presidente parafraseou a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, ao falar que o Brasil é laico, mas ele é “terrivelmente cristão”. “Quantos tentam nos deixar de lado ao falar que o Estado é laico. O Estado é laico, mas nós somos cristãos. Nós somos terrivelmente cristãos e esse espírito deve estar presente em todos nós”, afirmou ao Parlamento.

O chefe do Executivo disse que Deus o utilizou como instrumento de conversão do país e que confia no Parlamento — em especial nos presidentes da câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) — para aprovar os projetos do governo.

“Sempre estaremos juntos, o Parlamento estará de portas abertas a nós também. Em especial Rodrigo Maia, que está conduzindo muito bem a Câmara. Já no Senado, os olhos se voltam para Davi Alcolumbre, que tem o coração maior que o peito. Conto com vocês para votação e aperfeiçoamento desses projetos”, afirmou.

No mês passado, ao criticar a decisão do STF de criminalizar a homofobia como forma de racismo, Bolsonaro já havia sugerido a indicação de um evangélico para a Corte. Até 2022, o presidente da República poderá indicar nomes para pelo menos duas vagas, que serão aberta com a aposentadoria compulsória dos ministros Marco Aurélio e Celso de Mello.

A ida de Bolsonaro ao evento é uma tentativa de aproximação com as bancadas para garantir a aprovação da reforma da Previdência, que pode se encerrar nesta semana no plenário da Câmara.

“Hoje, teremos uma grande vitória no plenário da Câmara para começar a transformar o Brasil”, disse o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em discurso no evento.

Ao terminar a sessão, Bolsonaro e ministros seguiram ao plenário da Casa para acompanhar a discussão da reforma da Previdência. (Com informações de Metrópoles e Agência Brasil)

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