O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse na manhã desta terça-feira (08/10/2019) que, para ele, o petróleo que tem sido registrado em praias do Nordeste brasileiro é fruto de uma ação criminosa e não um acidente, como sugerido anteriormente. As informações são de Metrópoles.

“É um volume que não está sendo constante. Se fosse de um navio que tivesse afundado, por exemplo, estaria saindo ainda óleo. Parece que, criminosamente, algo foi despejado lá”, afirmou, ao deixar o Palácio da Alvorada.

Bolsonaro disse, ao fim de uma reunião no Ministério da Defesa, na segunda-feira (07/10/2019), que o produto pode ter origem em um país que já está no “radar” do governo, mas não havia descartado outras possibilidades. Questionado se poderia ser a Venezuela, o presidente disse que a informação é reservada.

“Eu não posso acusar um país. Vai que não é aquele país. Eu não quero criar um problema com outros países”, justificou.

Antes das 8h, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, já estava reunido com o mandatário brasileiro na residência oficial. O volume de óleo retirado de Sergipe, durante uma limpeza realizada ontem, não foi divulgado. Segundo o ministro, o produto está em movimento constante.

“É um fluxo de óleo que foi para a costa e a maré trouxe de volta para o mar, depois voltou para a costa novamente, depois trouxe de volta e agora tocou na costa novamente”, explicou Salles.

“Nosso papel é agir rápido, como tem sido feito, para retirar aquilo que está em solo, mas também aprofundar a investigação para descobrir a origem. Isso está sendo feito, coordenado, sob a ordem do presidente, para a gente responder o mais rápido possível tecnicamente”, finalizou.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o monitoramento feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aponta que o petróleo chegou a 132 praias de 61 municípios de nove estados da região.

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