A crise no PSL ganhou um novo capítulo: na noite de sábado, 12, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que é preciso abrir a “caixa preta” de seu partido em relação ao uso dos recursos do fundo partidário. Quando questionado sobre a possibilidade de deixar a sigla na qual foi eleito, ele disse que é “lógico que existe”.

Na véspera, o presidente e outros 19 parlamentares no qual pede que a sigla aja com transparência e afirma que as contas partidárias estão em situação grave. “A gente quer transparência. Eu não quero que estoure um problema e depois a imprensa me culpe ‘ah, você não sabia?”. [É necessário] Abrir a caixa preta para que o partido honre a bandeira que a gente tinha lá atrás”, disse Bolsonaro no estádio Pacaembu, onde acompanhou a partida entre Palmeiras e Botafogo pelo Campeonato Brasileiro.

“Não pode chegar e pegar uma verba de R$ 8 milhões por mês, dinheiro público, e aí uma minoria decide o que fazer com esse recurso. Por mim nem teria esse fundo partidário. Eu me elegi gastando R$ 2 milhões porque fiz uma vaquinha virtual”. Bolsonaro afirmou que, na abertura das contas espera que “não haja nada ilegal”.

A crise entre o presidente e o partido vinha em uma crescente, mas se intensificou e foi tornada pública nesta terça-feira, quando afirmou a um apoiador, na saída do Palácio da Alvorada: “Esqueça o PSL”. Na mesma ocasião, disse que o presidente da legenda, o deputado federal Luciano Bivar, “está queimado pra caramba”.

Nos bastidores, aliados de Bolsonaro afirmam que a gestão de Luciano Bivar, presidente da legenda, é “coronelista” e cobram que “a turma de Bolsonaro tome as rédeas do partido”. Parlamentares próximos ao presidente da República cobram maior presença em cargos na direção do partido. Uma outra ala do partido, no entanto, afirma que Bivar cedeu em vários pedidos e que Bolsonaro deve gratidão ao atual comandante do PSL.

Luciano Bivar, em resposta a fala do presidente, disse que tampouco quer Bolsonaro no partido. “A fala dele (Bolsonaro) foi terminal, ele já está afastado. Não disse para esquecer o partido? Está esquecido”, disse Bivar ao blog da jornalista Andréa Sadi.

Um grupo de deputados do PSL divulgou uma nota em apoio ao presidente e cobraram mais “transparência” da gestão de Luciano Bivar no comando da sigla. Nos bastidores, aliados de Bolsonaro afirmam que a gestão de Bivar é “coronelista” e cobram que “a turma de Bolsonaro tome as rédeas do partido”. Parlamentares próximos ao presidente da República cobram maior presença em cargos na direção do partido. Uma outra ala do partido, no entanto, afirma que Bivar cedeu em vários pedidos e que Bolsonaro deve gratidão ao atual comandante do PSL.

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