Pesquisadores da Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, conseguiram encontrar indícios de que a metástase – quando um câncer se dissemina para além do lugar onde se originou – pode estar relacionada à genética.

A pesquisa, publicada na revista Nature Medicine, na última segunda-feira (25/05), conseguiu mostrar que diferenças em um único gene podem alterar a progressão de um melanoma (câncer de pele), determinando se ele será mais ou menos grave.

De acordo com Sohail Tavazoie, um dos autores do trabalho, o estudo “pode transformar a maneira como os cientistas pensam sobre as metástases do câncer e levar a uma melhor compreensão dos riscos dos pacientes para informar as decisões de tratamento”.

Gene ApoE
Em estudos anteriores, a equipe de Tavazoie identificou um gene chamado ApoE. Presente no DNA de todas as células do corpo, o ApoE produz uma proteína que interfere em vários processos usados ​​pelas células cancerígenas para se proliferar, como a formação de vasos sanguíneos, o crescimento aprofundado em tecidos saudáveis ​​e a resistência a ataques de células imunes que combatem tumores.

Os seres humanos carregam três versões diferentes do ApoE – identificadas como ApoE2, ApoE3 e ApoE4. Após testes com camundongos, que possuem versões semelhantes dos mesmos genes, os cientistas verificaram que os animais com a versão ApoE4 apresentavam uma resposta imune mais eficaz às células tumorais.

Em seguida, os pesquisadores avaliaram 300 pacientes com melanomas. O resultado foi o mesmo encontrado para os roedores: as pessoas com o ApoE4 sobreviveram por mais tempo. A descoberta abre um vasto campo para outros estudos: agora é necessário verificar se isso acontece em outros tipos de câncer. (Metrópoles)

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