O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional por seu comentário “insólito e inadmissível” sobre eventual apreensão judicial do celular de Jair Bolsonaro. As informações são de Brasil 247.

Em decisão tomada nesta terça-feira (7), afirmou que a declaração ameaça a ordem constitucional e invoca: “ensaios de retomada, absolutamente inadmissíveis, de práticas estranhas (e lesivas) à ordem constitucional, típicas de um pretorianismo que cumpre repelir”.

Em 22 de maio, Heleno postou no Twitter que o pedido de apreensão do aparelho telefônico de Bolsonaro era “inconcebível”, “afronta ao Executivo” e “interferência inadmissível”do Judiciário. 

“O pronunciamento (…) veiculou declaração impregnada de insólito (e inadmissível) conteúdo admonitório claramente infringente do princípio da separação de poderes”, escreveu Celso de Mello, chamando o conteúdo da nota de “inacreditável e inconcebível”.

Ainda segundo o ministro, “em um contexto de grave crise política, econômica, social e sanitária, podem, algumas vezes, insinuar-se pronunciamentos ou registrar-se movimentos que parecem prenunciar ensaios de retomada, absolutamente inadmissíveis, de práticas estranhas (e lesivas) à ordem constitucional, típicas de um pretorianismo que cumpre repelir”.

O ministro considerou o comportamento de Heleno “inaceitável”, informa O Globo.

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