O deputado estadual, Marco Antônio Chico Preto (PMN), em discurso no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas, ontem, criticou o fato do Estado não ter uma política de produção para abastecer o mercado local. Ele disse ainda que, em Rio Preto da Eva, os produtores estão sofrendo as consequências da falta de planejamento de manutenção das condições de trafegabilidade das vicinais. Ao participar de uma reunião com 150 produtores, na última segunda-feira (26), o parlamentar disse que os produtores cobraram ramais para trafegar e escoar seus produtos para os centros consumidores.

“Eles não querem que o governo os ensine a produzir, mas ofereça condições para que as vicinais do Rio Preto da Eva possam ter condições de tráfego no verão e no inverno a fim de escoar a produção, que gera trabalho, renda e dignidade”, mencionou do deputado.

De acordo com Chico Preto, é com essa produção vendida, que os produtores poderão se capitalizar, e com isso pagar seus financiamentos junto ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) e outros órgãos de financiamento.

Trecho do Ramal do Iporã onde existe uma cratera de mais de 200 metros de profundidade

O deputado Chico Preto, não falou, mas no mês passado a reportagem do Fato Amazônico esteve no quilômetro 129 da Am 010, onde os produtores do ramal do Iporã, o principal ramal da estrada onde moram mais de 200 famílias, completamente esquecidas pelo poder público, que devido as péssimas condições da vicinal não conseguem escoar sua produção, cansados de esperar por uma posição do governo do Estado, da prefeitura do município e do Incra resolveram fazer uma manifestação interditando por horas o trânsito na via.

Além de cansados de esperar pelo governo os produtores estão revoltados por conta de que a menos de 3 quilômetros, o ramal do banco, no quilômetro 126, onde no final tem o sítio que pertence a família da primeira dama do estado Edilene Melo esposa do governador do estado, José Melo (PROS), está com seus 20 quilômetros completamente asfaltado.

Em cima entrada do Ramal do Banco e em baixo se pode observar que a estrada é asfaltada

A obra, de acordo com a placa (veja foto), custou aos cofres do Estado mais de R$ 8 milhões, que foram pagos a Construtora Amazônidas, que tem como técnico responsável o conhecido Eládio Messias Camelli Júnior, e teve início em 19 de junho do ano passado.

Com os quilômetros completamente asfaltados, o ramal onde fica o sítio de acordo com os moradores é conhecido no local como Rodovia Professor José Melo.

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