Segundo um estudo do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, a iniciativa de transferir provas presenciais para o ambiente on-line também tem beneficiado o meio ambiente. Desde o início de abril, mais de 30 mil estudantes do estado de São Paulo participaram de processos seletivos no espaço virtual, o que significou a redução da impressão de 1,2 tonelada de folhas de papel e a redução de emissão de 33 toneladas de CO² na atmosfera. 

O levantamento ainda apontou que a mudança aumentou o número de estudantes presentes. Entre os meses de janeiro e março, mais de 43 mil estudantes se inscreveram para provas presenciais, entretanto, apenas pouco mais de 9 mil compareceram – uma taxa de 77,6% de abstenção. Já as provas on-line tiveram 30 mil inscritos, e 23 mil jovens e adolescentes concluíram a prova. 

A instituição ainda destacou que são utilizados recursos para evitar fraudes e assegurar que a avaliação seja condizente com o grau de conhecimento de cada candidato. Entre os passos de verificação, estão: leitura de íris, permanência em tempo integral na janela da prova, captura de fotos de maneira aleatória, entre outros. 

Segundo Luiz Gustavo Coppola, superintendente Nacional de Atendimento do CIEE, as mudanças já eram estudadas pela instituição mesmo antes da pandemia. “Há três anos o CIEE tem buscado novas soluções e alternativas para os processos seletivos on-line e a pandemia apenas acelerou essa transformação. Com certeza este será o novo normal”, afirma. 

A digitalização também se estende ao momento da assinatura do contrato do estágio e aprendizagem. Desde o início da determinação do distanciamento social, foram 6 mil contratos assinados de maneira eletrônica e redução de 60% do tempo usualmente despendido. Além disso, a ferramenta digital permite que a instituição acompanhe em tempo real o andamento dos contratos. 

Em casa 

O CIEE também levou para dentro de casa todas essas inovações e, desde o início da quarentena, isso tem sido revertido em economia de recursos. A quantidade de impressões em todas as unidades caiu 69,2% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período em 2019 – uma economia de mais de 150 mil reais nos meses em questão. 

*a emissão de CO² foi calculada com base no deslocamento médio de uma pessoa no Estado de S. Paulo, levando em consideração a pesquisa de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de São Paulo. A base de cálculo foi a emissão de CO² de um carro médio movido a gasolina. Foi utilizada a calculadora do SOS Mata Atlântica

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