A Flórida está mais próxima de ser um dos novos destinos da Fórmula 1 para as próximas temporadas. De acordo com o jornal “The Miami Herald”, o prefeito de Miami Gardens, Rodney Harris, prepara um memorando com um plano econômico para a região que sediaria uma prova da maior categoria do automobilismo mundial, tentando apaziguar os ânimos locais e liberar a realização do evento.

A cidade de Miami Gardens está situada a 25 quilômetros ao norte de Miami. Moradores têm sido o principal entrave para a organização das provas. Eles entendem que o evento causaria poluição atmosférica e sonora e atrapalharia o trânsito das pessoas, sem haver contrapartidas que ajudassem de alguma maneira a cidade. A organização, então, modificou o traçado da corrida, transferindo-a do centro da cidade para região próxima ao Hard Rock Stadium, casa do Miami Dolphins, equipe de futebol americano, da NFL, e alterou o horário de treinos e prova para um período que não atrapalhe a ida das crianças ao colégio.

No entanto, membros do grupo de ativistas da cidade entendem que a solução não será facilmente encontrada e reforçam o desejo de impedir a realização do Grande Prêmio. A proposta do prefeito e do grupo empresarial que dará suporte ao evento é de investir valor na casa de US$ 5 milhões (cerca de R$ 28,5 milhões) para o desenvolvimento econômico da região, oferecendo também estágios para moradores locais nas áreas de especialização, como engenharia, ciência e tecnologia.

Desde que assumiu o comando da Fórmula 1, a Liberty Media tem reforçado o desejo de realizar uma segunda prova em território norte-americano. Anteriormente, Watkins Glen, Phoenix, Detroit, Las Vegas, Long Beach e Indianápolis receberam corridas. Desde 2012, o GP dos Estados Unidos acontece no Circuito das Américas, em Austin, no Texas. A ideia de abrigar duas provas no país não é nova. Em 1983, por exemplo, foram realizadas três corridas nos Estados Unidos.

Além de Miami, a Fórmula 1 também cogita levar a categoria para o circuito histórico de Indianápolis ou Nova Jérsei. A intenção ainda não prosperou. Organizadores entendem ser possível encaixar até 25 provas por ano no calendário. Na atual temporada, serão 23 corridas. Marrocos e África do Sul são outros destinos especulados para alcançar o número ideal.

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