A saúde pública de Eirunepé está totalmente abandonada. Profissionais de saúde do município, que estão há dois meses sem receber salários ou gratificações, foram demitidos por determinação do prefeito Joaquim Neto Cavalcante Monteiro, conhecido como “Bara”, que depois de uma série de manifestações contra o atraso salarial dos servidores municipais decidiu nem se quer concorrer à pelo PSD.

Ao todo, 31 funcionários – entre médicos, enfermeiros, dentistas e técnicos de enfermagem – foram demitidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Eirunepé. A maioria com Ensino Superior e todos com atrasos salariais.

Por conta da paralisação um delegado do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde), José Barbosa Monteiro, está sofrendo ameaças de morte por apontar os possíveis desvios de verba pública.

“Temos dois meses de salários atrasados, dez meses de coordenação, onze meses de insalubridade. E houve demissão dos servidores temporários”, disse por telefone um servidor ao Fato Amazônico.

De acordo com ele existem emissão de notas frias, de desvio de dinheiro público, com materiais comprados em comércios que não vendem insumos, remédios, nem um tipo de componente para a saúde.

Corrupção

A denúncia chegou ao deputado Luiz Castros (Rede) e ele disse que a situação da saúde pública está ruim no Brasil inteiro, mas em Eirunepé ‘a coisa foi além da imaginação’: a cidade foi tomada por uma quadrilha de assaltantes do erário, que conseguiram, nesses 12 anos, tornar Eirunepé o município mais pobre do Juruá.

“É importante destacar que Eirunepé terá uma mudança política a partir do dia 01 de janeiro, porque a população local se cansou de tanta espoliação, mentira e enganação. Mas até lá, como fica a situação dos profissionais e das pessoas que eram e são atendidas por eles?”, questionou Luiz Castro.

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