Condenado a cumprir 29 anos de reclusão em regime fechado, no dia 18 setembro de 2018, por crimes de exploração sexual contra meninas indígenas do município de São Gabriel da Cachoeira, o comerciante Manuel Carneiro Pinto foi homenageado no dia 29 de maio deste ano, pela Câmara Municipal de São Gabriel, com o título de Guardião da Fronteira da Cabeça do Cachorro.

A homenagem concedida ao comerciante, preso pela Polícia Federal (PF) em 2013, durante a operação Cunhantã, foi proposta justamente pela Comissão dos Direitos da Mulher.

Não é estranho que um suposto pedófilo pra lá de asqueroso, que aliciava menores entre 9 a 14 anos de idade com roupas, maçãs “podres” e bombons, para que satisfizessem a sua tara bestial,  seja homenageado pela Comissão dos Direitos da Mulher?

Na realidade, não é.

Tamanho despautério é muito mais do que estranho. É indigno, nojento, um afrontosa agressão à mulher indígena, negra, parda, à mulher branca, à mulher brasileira e de todo o universo.

A Câmara Municipal de São Gabriel da Cachoeira, assim como a Comissão dos Direitos da Mulher, deveriam não se desculpar pela infâmia pratica contra a mulher que, em busca de respeito a seus direitos, até à fogueira da Inquisição foi levada.

Deveriam, isto sim, pedir desculpas de joelhos e num gesto de nobreza e respeito à mulher, queimar, pública e solenemente, em uma fogueira ardendo em chamas, o título concedido ao um suposto tarado.

Manuel Carneiro Pinto, foi preso com mais dez pessoas pela Polícia Federal, em 22 de maio de 2013, mais tarde, no dia 17 de março de 2015, colocado em liberdade pela desembargadora Encarnação das Graças Sampaio Salgado “por excesso de prazo”.

O “santinho do pau oco”, o tal Manuel e comparsas, são  acusados pelo MPF de crimes de estupro de vulnerável, corrupção de menores, satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente, favorecimento da prostituição de vulnerável, rufianismo (tirar proveito da prostituição alheia) e coação no curso do processo.

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