O consumo médio de oxigênio medicional no Amazonas apresentou redução na primeira semana de março. A marca atual é de 64 mil metros cúbicos ao dia nas unidades de saúde das redes públicas e privadas. O percentual representa uma queda de 22,6% comparada ao pior momento da pandemia para o Amazonas.

O maior pico de consumo registrado no estado aconteceu em janeiro de 2021 e foi de 83 mil metros cúbicos de oxigênio diários. O aumento, no começo do ano, estava muito relacionado a alta demanda de internações.

A queda neste período resulta o início de um equilíbrio na rede hospitalar. 

O consumo médio diário considerado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), durante o primeiro pico da pandemia, ficava entre 20 mil e 30 mil metros cúbicos. O aumente exponencial registrado em janeiro gerou escassez do produto, no início deste ano, e foi potencializado pelo surgimento da nova variante brasileira do coronavírus, denominada P.1, que já representa a maioria dos casos sequenciados pela Fiocruz Amazônia, com o apoio da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) e do Laboratório Central do Amazonas (Lacen).

O equilíbrio entre demanda e consumo ocorreu a partir da adoção de uma série de ações, desenvolvidas através de cooperação entre os Governos do Estado e Federal – este último, com o apoio dos Ministérios da Saúde e da Defesa. Entre elas, estão a remoção de pacientes com quadros moderados de Covid-19 para outras unidades federativas, o transporte de O2 de outros estados e até do País vizinho, para o Amazonas, além da implantação de miniusinas geradoras independentes de oxigênio que reforçaram a produção.

Segundo o titular da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Carlos Henrique Lima, 38 equipamentos já estão operando no Amazonas, abrangendo 17 cidades, incluindo a capital.  Juntas, as miniusinas produzem, diariamente, 19,2 mil metros cúbicos de O2, o equivalente a quase 30% da demanda diária pelo insumo.

Serão 75 ao todo, sendo 29 delas, adquiridas pelo Governo do Amazonas, através da SES-AM, e que darão início ao processo de autossuficiência de localidades do interior, que hoje são abastecidas por cilindros, dependentes de uma logística complexa, que envolve os modais aéreo, terrestre e fluvial.

Miniusinas

Na última sexta-feira (05/03), duas miniusinas começaram a operar, uma delas em Parintins – segundo município mais populoso do Amazonas, e que já conta com três aparelhos do tipo – e outra em Carauari. Os municípios estão localizados a 466 e a 789 quilômetros da capital, Manaus, respectivamente.

Os equipamentos foram montados pela equipe da Seinfra, com a supervisão de técnicos das fabricantes dos equipamentos. No caso de Parintins, a usina foi providenciada pela Prefeitura Municipal. Já Carauari, recebeu o equipamento através de doação do Hospital Sírio Libanês e da Fundação Itaú.

Usinas em operação atualmente

Hospital Adventista 2

HUGV 1

Delphina Aziz 2

Francisca Mendes 1

João Lúcio 1

Icam 1

Maternidade Azilda Marreiros 1

Hosp. De Campanha Manacapuru 1

UPA Tabatinga 1

Hospital de Tefé 1

Fundação Cecon 1

Fundação de Medicina Tropical 1

Hospital de Itacoatiara 2

UPA de Itacoatiara 1

Hospital de Alvarães 1

HPS 28 de Agosto 1

Hospital de Parintins 3

Hospital de Maués 2

SPA Redenção 1

Hospital Nilton Lins 1

HPS Platão Araújo 1

Hospital de Coari 1

Hospital de Humaitá 1

Hospital de Careiro 1

Hospital de Autazes 1

Hospital de Nova Olinda do Norte 1

Beneficente Portuguesa 1

Hospital Geraldo Rocha 1

Hospital de Eirunepé 1

Hospital de Barcelos 1

Hospital de Lábrea 1

Hospital de Carauari 1

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