A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quinta-feira, 23, que “ainda é muito cedo” para declarar emergência mundial de saúde pública por causa do surgimento do novo coronavírus na China. O surto já provocou a morte de dezoito pessoas e infectou mais de 600, despertando temor de uma propagação global.

A OMS, porém, considerou que, por enquanto, a ameaça ainda está restrita ao território chinês. “O Comitê de Emergência considerou que ainda é muito cedo para decretar emergência de saúde pública internacional”, publicou a entidade. “[A nova mutação do coronavírus] é uma emergência na China”, pois “não há evidência” de transmissão entre pessoas fora do país, afirmou o diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus.

Ao todo, há pelo menos 584 pacientes contaminados com a nova mutação do cornavírus, primeiro registrada na cidade de Wuhan no dia 31 de dezembro. Dentre os 584 casos confirmados pela OMS, 575 ocorreram na China. O restante foi reportado no Japão, na Coreia do Sul, em Singapura, na Tailândia, nos Estados Unidos e no Vietnã.

A OMS reconhece apenas 17 mortes relacionadas à doença, todas em território chinês. A entidade afirmou que ainda não sabe a origem do vírus, nem a velocidade com a qual ocorre sua transmissão entre pessoas.

“A China tem isolado e sequenciado o vírus muito rapidamente e compartilhando as informações com a OMS”, afirmou Ghebreyesus. Nesta quinta, o governo chinês pôs em isolamento Wuhan e a vizinha Huanggang. As duas cidades tiveram o transporte público suspenso e diversos espaços públicos fechados. A saída de trens e voos foi proibida.

“O fato de não se declarar uma ‘emergência mundial de saúde pública’ não deve ser considerado como um sinal de que a OMS não acredite que a situação seja séria”, ressalvou Ghebreyesus. (veja.com)

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