Revelar o ser humano por trás das máscaras faciais é a proposta do hospital de campanha municipal Gilberto Novaes com a implantação do projeto “Crachá Acolhedor”. O objetivo da unidade, gerenciada pela Prefeitura de Manaus, em parceria com o grupo Samel e o instituto Transire, é proporcionar a identificação humanizada dos profissionais da unidade, quebrando a distância junto aos pacientes, estabelecida com o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

Médicos, psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, maqueiros, nutricionistas, auxiliares de limpeza e os diversos integrantes que compõem o quadro do hospital – especializado no tratamento da Covid-19 – começam a receber a identificação, que mostra um dos principais “remédios” para o tratamento contra a doença: o sorriso.

“Não se trata de um crachá qualquer de identificação, mas uma forma de acolhimento, com a foto em tamanho um pouco maior, para que os pacientes, que ficam dentro da cápsula “Vanessa”, nosso método não invasivo, possam conhecer o rosto, o sorriso e a cor do cabelo dos nossos profissionais. A ideia é mostrar que, por trás das máscaras, dos gorros, de todos os EPIs, também existe um ser humano, que está ali se dedicando à vida do outro”, destacou o coordenador do hospital de campanha, Ricardo Nicolau, ressaltando ainda a preocupação do prefeito Arthur Virgílio Neto em tratar com carinho e respeito os profissionais e pacientes do local.

Foto: Cleuton Silva/HCM

Os crachás acolhedores medem 15 centímetros de altura por 10 centímetros de largura, para facilitar o reconhecimento da fisionomia dos profissionais, que acolhem os pacientes internados, seja direta ou indiretamente. As fotos estampam os sorrisos de cada um dos colaboradores do hospital de campanha, bem como a hashtag “Vai Ficar Tudo bem”, para conceder esperança aos pacientes internados e reduzir a tensão durante este período de combate à Covid-19.

O coordenador do setor de Psicologia, o psicólogo Luigi Mendes, lembrou que a ação é inspirada em outros exemplos semelhantes desenvolvidos pelo mundo, com o objetivo de permitir que os pacientes reconheçam os profissionais que estão prestando o atendimento durante o tratamento hospitalar, que trabalham com uma vestimenta que cobre por completo suas características físicas.

“A partir do reconhecimento, o paciente estabelece um vínculo maior com a equipe e, consequentemente, fica mais receptível ao tratamento clínico. Por conta do próprio tamanho, o crachá reduz a tensão do primeiro contato, possibilitando conversas bem-humoradas no momento da internação. A proposta é humanizar ainda mais o tratamento e fazer com que o paciente sinta alívio e confiança ao conhecer o rosto de quem está cuidando dele, principalmente durante um momento tão difícil”, declara.

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