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Mesmo depois de se recuperar da infecção do coronavírus, alguns pacientes continuam a se queixar de sintomas da doença e relatam perdas na qualidade de vida.

Atividades simples, como caminhar e lavar a louça, por exemplo, passam a se tornar desgastantes. Também há os que reclamam por não sentirem gostos ou cheiros da mesma maneira e os que passam a ter dificuldades para recordar informações.

A Covid longa ou síndrome pós-Covid ocorre quando sintomas desenvolvidos durante a infecção perduram após o fim da doença e é mais comum do que se imagina.

Pessoas com Covid longa costumam sentir:

  • Fadiga;
  • Falta de ar;
  • Dores musculares;
  • Dores articulares;
  • Perda de olfato e paladar;
  • Confusão mental.

Outros sinais menos frequentes são queda da oxigenação do sangue, palpitações e alterações vasculares.

“Os pacientes devem ficar atentos à persistência ou aparecimento de sintomas no período de até três meses após a infecção”, alerta o fisioterapeuta e pesquisador Gerson Cipriano Júnior. Ele conduz um estudo sobre reabilitação cardiorrespiratória no laboratório de fisiologia do campus da Faculdade UnB Ceilândia (FCE), no Distrito Federal.

Check-up

Mesmo que discretamente, os sintomas podem afetar a vida das pessoas, dificultando a realização de tarefas diárias simples. Por isso, especialistas recomendam que os pacientes tenham acompanhamento médico e façam um check-up anual.

Tratamento

Para cada caso, há uma indicação de tratamento. De acordo com o pesquisador da UnB, programas de reabilitação multidisciplinares, baseados em exercícios cardiorrespiratórios, têm ganhado destaque nos estudos, com resultados favoráveis.

As pessoas que não tratam os sintomas correm o risco de agravamento da condição, o que reduz a qualidade de vida e, muitas vezes, provoca ansiedade. “Em última instância, os pacientes podem desenvolver comorbidades e/ou reduzir sua capacidade produtiva por causa da Covid longa”, explica Cipriano Júnior.

“A grande maioria dos pacientes se recupera. Os resultados preliminares do nosso estudo têm demonstrado progressos superiores àqueles observadas em pacientes com doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas”, afirma o pesquisador. (Metrópoles)

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