O afastamento do cargo do governador Wilson Lima (PSC) não só foi aguardado com êxtase por uma torcida de adversários e desafetos. O julgamento do pedido de admissibilidade da denúncia contra o governador rendeu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a maior audiência dos últimos anos em sessão concorridíssima que durou mais de 10 horas.
O que ninguém esperava, todavia, era a conclusão firme e intrépida do ministro relator do processo, Francisco Falcão, que rejeito o pedido de afastamento do governador proposto pelo Ministério Público Federal.
A decisão foi como um balde de água congelante às pretensões daqueles que entendem que, à rigor, a justiça deve ser feita à toque de caixa e na marreta.
Francisco Falcão não inocentou Wilson Lima das acusações impostas a ele pelo Ministério Público. Ao contrário, o relator aceitou integralmente a denúncia da vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo.
Decidir pela perda do cargo de Wilson Lima será afrontar o processo legal tão defendido por fulano, sicrano e beltrano. O processo será enviado para o Tribunal de Justiça do Amazonas onde Wilson Lima terá oportunidade de se defender, de ser inocentado ou não.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, 20, o governador declarou que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e aceita pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), será uma oportunidade para apresentar a sua defesa e provar sua inocência.
“Afirmo que as acusações contra mim não têm fundamento e tampouco base concreta, como ficará provado no decorrer do julgamento. Nunca recebi qualquer benefício em função de medidas que tomei como governador. A acusação é frágil e não apresenta nenhuma prova ou indício de que pratiquei qualquer ato irregular. Agora terei a oportunidade de apresentar minha defesa e aguardar, com muita tranquilidade, a minha absolvição pela Justiça. Tenho confiança na Justiça e a certeza de que minha inocência ficará provada ao final do processo”, afirmou o governador
