O partido do presidente Jair Bolsonaro que, sob a vestal da moralidade pública e do combate à corrupção, elegeu uma montanha de deputados, senadores além do próprio chefe do Planalto, exala das suas mais profundas entranhas a podridão em avançado estado de decomposição pública.

Enumerar uma a uma, dar nome a todos os tipos de podridão que correm as estruturas moral do PSL, como um tal de ‘laranjal’, uma tal de rachadinha’ ou determinados tipos de ‘fantasmas’ poderia embrulhar o estômago e resultar em enjoos, náuseas, vômitos – seria o mesmo que chover no molhado.

De acordo com informações do seriado de reportagem publicada pelo Estadão domingo, 03 e nesta segunda-feira, 04, 20 dos 53 deputados da bancada do PSL gastaram verba da cota parlamentar em empresas que não funcionam nos endereços registrados em notas fiscais.

A reportagem identificou um salão de beleza, lava a jato e lojas fechadas nos locais informados.

Figurinhas como Felipe Francischini (PSL-PR), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com seu jeitão sisudo de padre franciscano, torrou confortavelmente uma boa grana tirada  dos cofres públicos – verba de gabinete – com a empresa a ‘Look Estratégias e Marketing’.

E vejam o que  o Estadão encontrou no endereço da empresa contratada fornecido por Francischini: uma placa com a palavra aluga-se.

Querem mais? Ok! Vamos lá então.

No meio da podridão chafurda, também, segundo claramente descrito pelo Estadão, o deputado amazonense, delegado Pablo. Delegado da Polícia Federal, diga-se, que não tolera compadrios, independentemente do relevo e do matiz.

Isso é o que menos importa para a turma do ‘virtuoso’ PSL que, de ‘tanto combater o micróbio da corrupção, está ameaçado de morrer de infecção generalizada.

De volta ao probo delegado.

Diz o Estadão que delegado Pablo pagou R$ 100 mil a um colega de partido para cuidar das suas redes sociais e comunicação. Segundo o jornalão, a empresa pertence a Igor Cordovil, atual secretário-geral do PSL no Amazonas.

Viram aí?

Só que o secretário do PSL disse à reportagem do Estado de São Paulo que não trabalha mais para o parlamentar.

“Delegado Pablo (PSL-AM) contratou,também, três escritórios diferentes com dinheiro da cota parlamentar. Já gastou R$ 28 mil. Um dos beneficiados foi o escritório de Roque Lane Wilkens. O advogado também atua em ação particular para o político que corre no TRE do Amazonas. Delegado Pablo não respondeu aos contatos da reportagem”, destaca a reportagem.

Links do Estadão

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,camara-paga-advogados-de-deputados-do-psl,70003075051

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,deputados-do-psl-gastam-verba-com-firmas-fantasma,70003074019

NOTA DEPUTADO PABLO

Sobre a reportagem veiculada no site do jornal Estadão, no último sábado, 02 de novembro de 2019, intitulada “Deputados do PSL gastam verba com firmas fantasma”, e veiculada por meios de comunicação locais, informo que:

1. Sempre trabalhei contratando empresas de divulgação e marketing de modo transparente e com notório conhecimento público, pois os dados estão no portal da Câmara dos Deputados, e referem-se à divulgação de atividade parlamentar ao longo de 10 (dez) meses;

2. Importante salientar que entre os parlamentares da Câmara Federal, sou um dos que tem menos gastos com cota parlamentar ressaltando que, desde o início do mandato, abri mão de diversos privilégios gozados pelos deputados, tais como aposentadoria especial e auxílio moradia;

A reportagem é claramente tendenciosa, pois há 513 deputados federais na Câmara, muitos gastando recursos públicos de maneira duvidosa, mas o jornal O Estado de São Paulo procura, como sempre, apenas os parlamentares do PSL.

Mais uma vez é triste ver a mídia sendo usada com único objetivo de promover a desinformação.

Delegado Pablo – Deputado Federal

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