Requerimento subscrito pelos oito deputados federais do Amazonas convocando a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), representantes de empresas aéreas, do estado e dos municípios do interior do Amazonas para debater o apagão aéreo foi aprovado, hoje (27/11), pela Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia (Cindra). Um dos parlamentares responsáveis pela iniciativa, o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), não poupou críticas à Anac.

“É gravíssimo que dezenas de municípios do Amazonas sem ligação rodoviária com a capital fiquem isolados, com efeitos no transporte de doentes e na economia dos municípios por conta de uma série decisões estranhas da Anac, como a cassação do registro da MAP Linhas Aéreas e da interdição de aeródromos que não tinham instrumentos de controle meteorológico”, disse.

O Parlamentar explica que a MAP foi vendida à Passaredo, outra empresa aérea regional, mas que, inexplicavelmente, teve seus aviões impedidos de voar, o que a obrigou a trazer aeronaves de São Paulo, provocando um apagão aéreo no Amazonas, com cerca de 500 mil pessoas prejudicadas. Não bastasse isso, ele afirma que a Anac, ao interditar oito aeródromos do interior, descumpriu uma norma que, historicamente, permite voos em situações diferenciadas por conta das peculiaridades da região.        

“Não é possível cidades como Parintins e Coari ficarem sem ligação aérea com Manaus. Pra Eirunepé, por exemplo, que não tem ao menos um voo semanal, são 15 dias de viagem de barco até a capital. Na audiência, marcada para a próxima terça-feira, às 14 horas, vamos exigir soluções estruturantes da Anac para o nosso estado”, revelou, lembrando que o requerimento foi resultado de um esforço sinérgico da bancada do Amazonas.

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