Uma em cada 10 vítimas do câncer de mama poderia ter a vida poupada se praticasse atividade física ou, ao menos, uma caminhada de 30 minutos por dia. A afirmação consta num artigo científico publicado na revista Nature*, numa pesquisa que contou com a colaboração do Ministério da Saúde, em 2015. Além de contribuir com a saúde, os dados demonstram que manter o corpo na ativa melhora o metabolismo de alguns hormônios relacionados ao câncer de mama. 

A problemática é um dos alvos da campanha internacional Outubro Rosa e está em foco no Desafio Superação, prova virtual que envolve os participantes em caminhada, corrida e ciclismo. O evento, promovido pelo projeto Missão Mulher da Igreja Adventista, acontece neste domingo (17) e vai contar com mais de 2,2 mil participantes. Cada inscrito escolhe o percurso de sua preferência, se exercita, marca seu tempo em um relógio e envia para a organização da corrida. Tudo de forma virtual!

Esta é a segunda edição do desafio, que também arrecada e doa alimentos e outros donativos à instituições que cuidam de mulheres com câncer. Em 2020, foram mais de 8 mil itens doados entre quilos de alimentos, objetos de higiene e até lenços personalizados. 

“Tivemos um crescimento de mais de 30% de participantes, em relação ao ano passado. Isso significa mais pessoas comprometidas a cuidarem de sua saúde, estimularem a conscientização em sua comunidade e contribuírem com pessoas que lutam com o câncer através da solidariedade”, explicou a organizadora do projeto, a líder de Mulheres da Igreja Adventista para RJ, ES e MG, Ester Leal.   

Elas se superaram!

Em 2016, a pedagoga Katiane da Silva descobriu um câncer de mama. Ela lutou e venceu. Porém, em 2020, nas vésperas de participar da corrida virtual, descobriu que o câncer havia voltado. Ela não desanimou, participou da corrida e iniciou novo tratamento. “Os médicos fizeram então uma nova operação, agora retirando completamente as mamas, na chamada mastectomia, mas com a reconstrução imediata, com a colocação de próteses de silicone”, explicou Katiane. Este ano, ela participará em Copacabana (RJ). 

A dona de casa Cristiane Batista Rocha, de Uberlândia (MG) também correu em 2020 e conta sua história de superação. Em 2018 ela descobriu o câncer de mama e decidiu aliar o exercício físico e alimentação saudável ao tratamento das medicações. “Em 2020, tive a oportunidade de participar da primeira edição do Desafio SuperAção. Foi incrível porque, enquanto eu fazia a radioterapia eu não podia tomar sol, e isso era bem ruim, porém em agosto eu fui liberada para voltar às atividades físicas e foi a primeira vez que participei de uma corrida como aquela. Eu conquistei uma medalha e foi uma experiência maravilhosa e ainda mais tendo vencido o câncer”, conta. 

Em Vitória, no Espírito Santo, mãe e filha correram juntas. Neuza e Elayne Beyná tiveram histórias parecidas, pois descobriram o câncer em um curto espaço de tempo, em meados de 2020. A notícia abalou a família, mas elas não se deixaram abater e participaram da corrida. “Naquele dia, a minha filha disse que a minha história e força eram um exemplo para ela. Hoje, nós duas estamos livres da doença, visitando os médicos periodicamente para o acompanhamento habitual de controle. Estaremos juntas no SuperAção 2021!”, contou Neuza.

Para quem não vai participar, a opção é assistir a live oficial de largada, que acontece no domingo, a partir das 7h45, no Youtube e Facebook Adventistas Sudeste. Além das largadas ao vivo, de várias regiões do Brasil, o programa contará com entrevistas e histórias sobre a temática do câncer mama e superação. Também será possível participar de vários sorteios.

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