Além de ser considerado o maior órgão do corpo humano, a pele é também o único órgão que está amplamente exposto às agressões causadas pelo sol. No Brasil, o lazer ao ar livre – e, consequentemente, com exposição solar – é bastante comum, o que justifica os altos índices de doenças de pele por aqui.

Caso não haja uma proteção adequada, com o uso de filtro solar de FPS 30 (no mínimo) e acessórios (como bonés e óculos), as chances de desenvolvimento do câncer de pele são ainda maiores.

A campanha Dezembro Laranja foi lançada em 2014, pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, para conscientizar a população sobre os riscos e as principais formas de prevenção do câncer de pele, que hoje é um dos tipos de tumores mais comuns no Brasil. Anualmente, são registrados cerca de 180 mil novos casos.

O diretor de Oncologia do Sistema Hapvida, Alexandre Gomes, explica qual o melhor período para exposição ao sol para adultos. “A gente sabe que o câncer de pele é causado pelos raios ultravioletas – UVA, e o UVB, esses raios estão mais presentes entre as 10h e 16h, então o ideal é se expor ao sol fora desses horários. Isso vale pra qualquer idade, pois sabemos que as pessoas que são acometidas por um câncer de pele, são pessoas que se expuseram a esses raios solares há muito tempo atrás, então a proteção é uma coisa que tem que acontecer desde quando você é criança”.

Ele ainda destaca quais os sinais de alerta na pele devem levar uma pessoa a procurar um médico especialista. “Existem três tipos mais comuns de câncer de pele. O primeiro é o ‘Carcinoma Basocelular’, que pode ser uma manchinha avermelhada sempre nas áreas mais expostas ao sol (colo, rosto, mãos). Essas manchinhas ou bolinhas devem levar você a procurar um dermatologista. O segundo chama-se ‘Carcinoma Espinocelular’, ele parece como uma bolinha vermelha semelhante a uma verruga, é um outro sinal que você precisa procurar o médico. O terceiro é o que chamamos de ‘Melanoma’, que acaba sendo o mais agressivo, ele é uma mancha enegrecida que dentro dele podem ter cores diferentes, de vários tons escurecidos, com a borda irregular, que também deve-se procurar o médico. Vale ressaltar que pelo menos uma vez ao ano, pessoas com o tom da pele mais clara, ou com histórico familiar com câncer de pele, devem sempre procurar o dermatologista”.

O bronzeamento artificial também oferece alto risco de desenvolvimento de câncer de pele, mais do que a exposição aos raios solares. Isso ocorre porque elas emitem altos níveis de UVA, a radiação ultravioleta, de maior risco para o câncer de pele.

Porém, desde 2009, quando foram consideradas cancerígenas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), as câmaras de bronzeamento foram proibidas no Brasil, único país a ter essa iniciativa e por isso referência no combate ao câncer de pele.

Quem tem tatuagem deve redobrar os cuidados, pois as tintas escuras usadas nas imagens podem encobrir possíveis lesões precursoras do câncer de pele. O melanoma, por exemplo, possui uma alteração celular com muito pigmento, assim como as tatuagens, dificultando a análise da estrutura celular durante os exames patológicos.

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