O mundo atual passa por profundas mudanças e essas transformações exigem de nós, seres humanos, à capacidade de compreensão. Compreender significa reconhecer à existência do outro como sujeito igual a mim. Não podemos e nem devemos, seja qual for a situação, nos colocarmos acima dos outros. A melhor forma de tratamento, seja pessoal ou profissional, é aquela que nos coloca como iguais.

Nesse sentido, é preciso muita sabedoria de nossa parte para entender e compreender tudo o que está acontecendo atualmente, seja no campo educacional, ambiental, econômico, político, social, material e espiritual. Somente quem trata bem o outro, na forma como ele é, deve ser exaltado. Toda arrogância, prepotência, seja na forma de falar ou de agir, deve ser condenada.

Nunca devemos aceitar ou compactuar com qualquer tipo de discriminação, desprezo ou arrogância contra o outro. O mundo atual exige cada vez mais que sejamos resilientes, compreensivos uns com os outros. Não há espaço para quem grita com o outro, destrata o outro, para quem se acha melhor que o outro. Embora sejamos diferentes, somos todos iguais, feitos da mesma matéria.

Geralmente quem age com prepotência, arrogância, desprezo pelo outro, boa gente não é. Têm algum problema mental, moral, psicológico, emocional; possui algum trauma de infância, alguma psicose. É preciso tratamento. Procurar um especialista. Sem essa ajuda, à situação vai ficando cada vez pior.

Por vivermos atualmente numa sociedade polarizada, com mais de 165 mil mortos por Covid-19 no país, as pessoas estão ficando cada vez mais incompreensíveis. Tudo, ou quase tudo, colabora para o conflito. Qualquer palavra que se diga sem o devido cuidado é motivo suficiente para o outro se sentir machucado, ferido. E para acirrar ainda mais esse conflito, o presidente da República disse semana passada que “somos um país de maricas”.

No entanto, é preciso ter muito cuidado com esse tipo de análise. Ninguém pode sentir o que o outro sente. Só o outro sente a dor que sente. De nossa parte, principalmente de um Presidente da República, cabe tentar compreendê-lo. É como diz aquele sábio ditado popular: “Se você não consegue ajudar, não atrapalhe”. Sabe por quê? Simples, porque mentira tem perna curta. O mentiroso, o sabichão, o arrogante, o prepotente, uma hora cai do cavalo, e a queda é feia. Geralmente não se levanta mais!

Portanto, pessoas que são verdadeiras são mais admiradas do que aquelas que são mentirosas. Além do mais, pessoas que não só dizem a verdade, mas que vivem à verdade em suas ações, no cotidiano, no trabalho, na família, na igreja, nas relações sociais, são mais propensas a atrair coisas boas para si do que aquelas que são mentirosas. É como diz aquele outro ditado popular: “o bem atrai o bem, e o mal atrai o mal”.

Embora o mal pareça ser mais forte e atrativo, o bem deve ser o norte, o guia e o porto seguro daqueles que ainda têm esperança na humanidade. Por tudo isso, não me canso de ensinar para os meus alunos, amigos e vizinhos: estamos entrando na era da paz interior. Quem consegue equilibrar o lado material e o espiritual tem 99% de chance de ser feliz. Enfim, o equilíbrio interior contribui para a saúde mental e emocional das pessoas. Seja da paz, seja do bem, seja compreensivo, seja feliz!

Luís Lemos

Filósofo, professor universitário e escritor, autor do livro: “Jesus e Ajuricaba na Terra das Amazonas”.
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