Como ser otimista diante de um cenário tão terrível como o atual, onde só no Brasil já se contabilizam mais de 160 mil mortos pelo Covid-19? Como não ter medo? Como não perder a fé? Como ter esperança?

Atualmente muitos são os problemas que impedem o ser humano de manter à vida em perspectiva. No entanto, o Salmo 91 afirma que: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará”.

Força e coragem são virtudes que nos ajudam a resistir à tentação do desânimo. Nesse sentido, gosto muito de uma frase da primeira-ministra britânica Margareth Thatcher: “Gostaria que você soubesse que existe dentro de si uma força capaz de mudar sua vida. Basta que lute e aguarde um novo amanhecer.”

Uma coisa é certa: toda pessoa que tem seu coração cheio de confiança em si mesmo pode alcançar mais rapidamente o sucesso e a felicidade do que aquele que é triste e desanimado. O medo, o desânimo, não levam ninguém a lugar nenhum. Aliás, levam sim: ao fracasso!

É preciso ser forte. Resistir aos sinais de morte, de tristeza, de desânimo que se abatem sobre o mundo e o nosso país. É preciso, também, muitas vezes, clamar como o Salmista (22: 1-3): “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido? Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego”. Só Deus é a nossa esperança!

Dessa forma, a mensagem é clara e direta: se você tem determinação para enfrentar e vencer qualquer sofrimento, também tem condições de se prevenir contra aquilo que o causa. Nada justifica se atormentar antes da hora. Por isso, não podemos perder a fé, a esperança, a alegria e o otimismo diante da vida.

Geralmente quem é otimista é uma pessoa alegre, cheia de esperança. Esperança é o que nos faz acreditar no amanhã, que as coisas vão melhorar, que vamos conseguir vencer todos os obstáculos. Sem esperança não seríamos seres humanos, não é mesmo? Têm coisa mais triste e sem sentido do que sofrer por medo de sofrer?

De todos os animais da terra, o ser humano é o único que prejudica a si mesmo com essa loucura de se aborrecer antecipadamente. Precisamos aprender que algumas coisas não podemos mudar. O sofrimento é uma dessas coisas. O sofrimento é inerente ao ser humano. Não vale a pena sofrer por antecipação.

Quem sofre antes do tempo sofre além do necessário. Torna-se incapaz de se prevenir contra os perigos e é apanhado pela tribulação onde mesmo espera. E, ainda, carrega uma mentalidade de que sua vida somente será boa se for poupada de todo e qualquer inconveniente. Ledo engano.

O contrário do sofrimento é a felicidade. Segundo o filósofo brasileiro Mario Sergio Cortella, a principal fonte de felicidade humana é enxergar sentido em tudo que se faz. Ninguém tem ânimo para ler um livro, para estudar um material, para aprender algo, para trabalhar em alguma atividade se não compreender o sentido daquilo que se está fazendo.

A fonte prioritária de realização humana é a compreensão do sentido. Portanto, o grande desafio do ser humano atualmente é encontrar o sentido para à vida; ser feliz, não perder a esperança e manter à fé. Precisamos ser otimistas e evitar ao máximo tudo o que pode nos prejudicar.

Outrossim, devemos nos prevenir tanto quanto possível e nos anteciparmos a todo perigo antes que nos atinja, justamente para que o pior não aconteça. Assim, devemos ter todo o cuidado do mundo para não pegarmos e nem transmitirmos esse maldito vírus, que tanto mal já causou ao mundo inteiro.

Por fim, e não menos importante, o que mais vai nos ajudar, para aqueles que acreditam, naturalmente, é a certeza da bondade de Deus e a confiança na sua Divina Providência, como diz o Salmo 145: “Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.”

Luís Lemos

Filósofo, professor universitário e escritor, autor do livro: “Jesus e Ajuricaba na Terra das Amazonas”.
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