Em visita a Rio Branco, capital do Acre, ontem à tarde a presidenta Dilma Rousseff disse que a construção de uma ponte sobre o Rio Madeira vai ligar o Acre a Rondônia. Hoje, a única via terrestre que liga os estados castigados pelas cheias é a BR-364 que há quase um mês está parcialmente bloqueada porque a cheia do rio inundou partes da rodovia. "Nós faremos a ponte sobre o Rio Madeira e isso vai beneficiar a todos vocês", prometeu Dilma.

Na capital acriana, além de se reunir com o governador do estado, Tião Viana, e com o prefeito Marcus Alexandre, a presidenta sobrevoou as áreas afetadas pela cheia do Rio Acre e visitou os desabrigados alojados no Parque de Exposições, em Rio Branco. A cheia do Rio Acre já deixou mais de 4 mil pessoas desabrigadas na capital.

“Estamos aqui porque parceiro não pode faltar na hora difícil. Temos um desafio de garantir alimentos à população do Acre. Me preocupa a situação do Acre. Vocês não podem ficar isolados. Vamos juntos dar as mãos e garantir a ligação do estado com o país”, disse a presidenta.

Para o governador Tião Viana a notícia da construção da ponte foi um presente. "Além do apoio da presidenta, este é o maior presente" comemorou. Dilma destacou que o governo federal está solidário à situação dos estados atingidos pelas cheias e que a Força Aérea manterá o apoio, na região, “até quando for necessário".

"Um fato muito importante é que não ocorreu nenhuma morte e não houve nenhum ferido na região, mesmo havendo um quadro tão crítico. Isso se deve às políticas adequadas feitas aqui", elogiou a presidenta.

Dilma destacou as parcerias que o governo federal tem com o governo do Acre. "Garantimos apoio na assistência e no resgate dos desabrigados e desalojados, agimos também na reconstrução depois de tudo isso. [Apoiaremos] qualquer ação estrutural que melhore nossa convivência com a chuva, porque a gente não acaba com ela e temos que aprender a conviver de forma mais efetiva com a chuva".

Durante visita às áreas atingidas pelas cheias do Rio Madeira, a presidenta disse que já está liberado o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) a todas as pessoas afetadas pela calamidade no Norte do país. Outra medida tomada pelo governo foi a prorrogação, por três meses, do pagamento do seguro-defeso, liberado aos pescadores no período de reprodução dos peixes quando a pesca é proibida.

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