O representante do movimento LGBT em Coari (AM), Marcos Peres, sofreu um tiro nas costas na noite de quarta-feira, 24, quanto saía em companhia de amigos do comício de Keitton Pinheiro (PP) no bairro Nazaré Pinheiro, em Coari (AM).

Marcos Peres foi socorrido e levado para o Hospital da Cidade. Até o momento, a equipe médica não informou o estado de saúde de Peres, mas fontes do Fato Amazônico em Coari informaram que quadro de saúde da vítima é estável.

Coari, atualmente, vive momento de intensa turbulência política provocada pela convocação de eleição suplementar marcada para o dia 5 de dezembro.

Uma lástima.

O episódio, infelizmente, fere não só um jovem que exercia pacificamente o seu direito de ir e vir mas, também, a festa da democracia.

Desde a convocação da eleição, Coari virou um barril de pólvora e muito pouco foi feito pelas autoridades eleitorais para evitar possíveis convulsões sociais já previstas pelo clima agitado da disputa eleitoral.

A 10 dias da eleição, a Justiça Eleitoral não deve ignorar que a situação em Coari exige um outro tipo de atenção.

Não basta fechar os olhos e deixar que jovens apaixonados pela política sejam alvos fáceis e vulneráveis deste ou daquele grupo político que agem na campana para intimidar e criar o terror instalado no município a partir da cassação do candidato eleito pela vontade soberana do povo.

A hora é restituir a paz no município e de garantir que a eleição transcorra com segurança. Esse papel é da Justiça Eleitoral, que deve agir com serenidade mas com altivez contra a ignomínia.

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